quinta-feira, 28 de junho de 2018

A vida tem sido boa. Tenho tido o que fazer, e tenho feito de uma forma boa (o suficiente). Tenho estado ocupada e tenho estado inteirada. Embora nem sempre sinta isso. Embora quase nunca sinta isso.
Sei o quanto disso é apena imaturidade: é ridículo esperar maior atenção de pessoas que não são minhas - nunca foram, nunca serão; elas têm mais. Sei também o quanto isso tudo é aquilo tudo que eu não coloco pra fora por escolha e por medo de parecer frágil.
Mas sim, a vida tem sido boa. Tenho me sentido mais eu. Tenho aprendido a me expressar. Tenho entrado em pânico, sim. Viver (, aprender,) e entrar em pânico. Mas faz parte.
As pessoas ainda são meu maior problema: o quanto elas agem de formas que me machucam sem elas nem perceberem; o jeito como as pessoas que eu queria muito que estivessem perto estão longe; o jeito como as pessoas que eu gostariam que estivessem ali simplesmente não estão em lugar nenhum.
As pessoas serão para sempre meu maior problema, e não há nada que eu possa fazer a respeito disso. Sempre haverão pessoas. É melhor aprender lidar com elas - ou viver nesse eterno sentimento de deslocamento, mesmo quando inclusa.

Mas a vida tem sido boa, e em tons de vermelho, e com árvores e vento. Os dias tem sido bons, têm durado uma vida inteira, voando voando voando até que já seja sexta de novo. E as coisas têm sido como elas têm que ser, e estão corretas, desde que eu tente ao máximo ser também.





Mas, ainda, há algo, bem no fundo, que eu acho que eu sei o que é, que fica me incomodando

                                       mas não muda que a vida tem sido boa.

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