17/10/2025

não tenho medo de tentar mas tenho de os outros verem eu tentando

eu tenho medo de ser vista tentando e é da minha personalidade achar que tudo tem que parecer natural ou sorte, mesmo que não tenha sido natural ou sorte, e sim um esforço contínuo para algo acontecer. isso tem um pouco a ver com meu esforço nunca parece um esforço igual ao dos outros, sempre parece menos. e aí eu nunca sei se é porque ele, de fato, é menor que o dos outros ou se eu só não fico incomodando os outros falando vejam só como eu estou tentando! acho, até, meio vergonhoso. olha como eu estudo e vou na academia e como bem e faço coisas diferentese tenho metas e objetivos de vida! (e a pessoa não chegando no resultado esperado de nenhuma dessas coisas). não quero que olhem e pensem que eu sou uma fracassada, que tentou e tentou e tentou e não conseguiu.

mas essa de meu esforço sempre parecer menor que o dos outros: é porque, realmente, não é uma dor fazer isso. isso de tudo como ir na academia, estudar, começar uma coisa nova. realemnte, não é terrível fazer isso continuamente. às vezes, claro, tenho preguiça, falta de disposição e preciso me regrar para gastar uma horinha nisso aqui, otura horinha naquilo ali. mas, como obviamente não cheguei onde eu queria chegar, o esforço não pode ser medido, não é possível falar que deu certo. então eu sempre acho que, apesar de estar fazendo algo, parece que não estou fazendo o suficiente. as coisas estão ficando mais fáceis porque estão mais fáceis ou estão ficando mais fáceis proque eu estou progredindo?

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outra vista de tentativa - esses tempos tinha feito os adesivinhos de tarô pra meu livro. minha irmã falou: coloca pra vender na shopee. falei, pois é. coloquei. já vendi três. é uma coisa que nãogasto dinheiro, e quando vem o pedido, eu faço. simples. a gráfica é relativamente perto de casa, o correio também.

hoje, inclusive, aconteceu o pior cenário. a venda foi ontem, eu preciso ir imprimir, porque, obviamente, não tenho estoque, já que foram só três vendas em um mês e eu nem sei se vai vender mais. quinta - sexta. o correio não abre sábado. eu queria ter ido ontem imprimir, para enviar hoje. MAS está com o tempo SUPER instável, dando pancadas fortes de chuva e vento de forma bem imprevisível. é papel. o gasto de uber não está na precificação. terei que ver como isso vai acontecer.

eu amo fazer papel bonito. estou pensando em marca páginas agora. magnéticos. eu amo marca página magnético. mas teria que comprar uma quantidade absurda de ímãs. é triste e esse tipo de coisa também desanima.

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não sei, com frequência eu acho que deveria tentar mais, mas não sei como. talvez seja hora de tentativas desconfortáveis.

perdi o ritmo desse tópico porque estou no trabalho, ouvindo a chuva, sabendo que não vai dar pra ir imprimir e veio, enfim, o novo sistema da prefeitura. estávamos duas semanas sem o sistema, então meio que muitas coisas não estavam podendo ser feitas, porque não tava dando para consultar nada online na prefeitura.

enfim.

13/10/2025

o que não se desenvolveu (ainda)

um exercício de anotar começos e não terminar e mesmo assim colocar eles no mundo. os começos, sem términos. os começos sem desenvolvimentos, até porque nem acho que todos precisam ter término. sempre com a mesma justificativa. quando é que algo fica interessante o suficiente? quando algo perde totalmente o interesse e vira qualquer coisa. geralmente vira qualquer coisa. pedaços e cansaços.

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dualidade de colocar para fora e manifestação. infelizmente, por hora, um é contradição do outro.
as coisas não andam como eu quero. mas eu preciso falar. se manifestar for a solução, é impossível chegar nela sem trazer à superfície o ruim. contradição o tempo todo de algo.

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cidade maior que eu esperava mas também menor não há tão grande assim o corpo quando posicionado assume outras proporções. a cabeça cria coisas maiores que a realidade.

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meu sonho tão pequeno tão grande. queria ler um livro num dia fresco numa poltrona mole do sergio rodrigues na minha casa. nem acho ele o móvel mais bonito existente. mas parece adequado demais para um canto de leitura.

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quando eu li maquetes de papel em 2018, no primeiro semestre da faculdade eu achei a coisa mais óbvia do mundo
agora toda vez que eu faço o mais simples dos protótipos em papel eu vejo, sim, eu vejo.

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até o fim do ano preciso terminar esses dois esmaltes que são feitos de vários restos de esmaltes (os dricas), esse amor profundo da impala, que eu acho que não dura nada na minha unha, apesar de amar a cor e o sou topping, só porque ele tá acabando mesmo, isso porque eu amei ele. project pan ou qualquer coisa assim?

07/10/2025

natal? um relatório adiantado mesmo que eu seja contra a venda de panetones desde setembro

já começaram a aparecer os panetones no mercado, desde o mês passado.

não concordo com esse tempo acelerado e serei resistência: só comprarei meu primeiro panetone em novembro, lá pelo meio ainda. sim, eu quero o panetone de caribe e talvez o do snoopy: eu caio fácil nessas, também não estamos imunes ao tiktok, embora a tendência seja até a hora de eu ir consumir eu já ter saturado da ideia desses produtos. mas eu realmente não vou comer panetone em outubro. desculpa. e aí vai sobrar para o meu panetone preferido, que é o do mercado, o que é muito feliz, porque geralmente é um dos mais baratos e lá em casa um panetone acaba em um lanche da tarde, então...

mas mesmo que já estejam querendo que seja natal, eu não acho que seja e não sinto nenhum clima de fim de ano ainda. muito pra acontecer, não? talvez não, mas natal pra mim é aquela sensação de deixar levar, nada pode ser feito, e o que precisar, janeiro está logo ali. e ainda não está no momento de baixar a guarda.

mas eu já comecei, sim, a olhar ideias, olhando preços de coisas, é um momento que pede alguma organização financeira. e eu sempre gosto de comprar presentes e fazer embalagens à mão. além dos presentes aqui de casa, sempre escolho uma lembrancinha de boas energias para amigos, trabalho, etc. então estou olhando ideias novas. para embalagens eu sou fã de kraft. é a coisa mais linda do mundo? não. mas é bem versátil e um rolo faz muita coisa. desenho, colagem, saquinho, caixa: se adapta para o que for preciso. então, obviamente, sempre há muitas inspirações assim.

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primeiro vamos para um relatório do que eu já fiz nos últimos anos.

EMBALAGENS

ano passado eu pintei elas com nanquim prata e usei fita de cetim preto e uma fitinha de folhas, que foi o que sobrou da minha fantasia de halloween. ano retrasado eu fiz com kraft e aquelas estrelinhas, corações, etc, pequenos, tipo glitter, que eu não vou saber o nome. também colei o nome da cada pessoa com letrinhas desse mesmo jeito, com uma fitinha para pendurar na árvore como um enfeite, e cada um em um formato, estrela, árvore, etc. 

essa era a imagem de inspiração. mas eu fiz com cola.

 
foram assim que ficaram! únicas fotos que achei...

o do ano passado eu não amei, porque os desenhos não ficaram muito bons e ainda alguns desenhei já tendo embalado os presentes, para visualizar melhor onde iriam as estampas, mas teria sido muito mais inteligente ter feito um papel primeiro e depois embalado, como se fosse um papel de presente já pronto. já as miçanguinhas coladas ficou lindo. o do enfeite penduradinhado foi excelente e funcionou muito bem, porque todos os meus presentes eram pequenos: colar, pulseira, brinco. e aí já puxo o gancho de 

PRESENTES

eu queria lembrar de mais que dois anos, mas realmente não consigo. ano retrasado eu comprei brinco, pulsei, colar, meio que nessa pegada para todo mundo. estava bem sem dinheiro, então pratas foi o caminho. eu sou muito fã do presente de prata, com cinquenta reais da para comprar uma lembrancinha bem legal. minha irmã mais velha ganhou aquelas ceras que derretem e liberam cheiro. para meus amigos eu comprei aquela pulseira de sete nós. no trabalho foi cacau show mesmo, também não pensei muito. ano passado eu queria presentes divertidos. comprei lego daqueles de flor da shopee e um perfuminho para minha irmã mais nova, para a minha irmã mais velha eu comprei aquelas maquetes que se monta um ambiente foto e para minha mãe um daqueles mapas de ir riscando lugares que você já foi. ninguém usou. nem o mini lego de flor foi terminado. para meus amigos e no trabalho eu comprei um incenso que tinha a embalagem mais divertida, no sentido brega, que eram "abre caminhos" e "hei de vencer". atrás tinha uma oração cristã. amo fazer parte de todas as crenças possíveis. para o meu pai é sempre um presente meu e das minhas irmãs, e, assim, é sempre um genérico. bebida. camiseta. perfume.

COMIDAS

outro tópico importante, eu geralmente gosto de cozinhar algo. três anos atrás eu fiz duas tortas, uma banofe e uma de lemon curd. ficaram ótimas. ano retrasado eu fiz arroz temperado, meio que tudo já tinha sido escolhido. e ano passado eu não consigo lembrar, mas acho que não fiz nada, só ajudei nos preparos lá em casa.

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relembrado o passado, vamos para as ideias desse ano.

EMBALAGENS

queria fugir do kraft. estarei vendo alguma embalagem útil, talvez saquinhos de algodão, que sempre podem ser usados para guardar coisas na bolsa, acessórios, sapato, etc, dependendo do tamanho. mas é mais caro. ou papel de presente tradicional mesmo, sem inventar muito. também vi umas ideias de em vez de laço usar linhas com uns formatos assimétricos, e gostei bastante. também com foto, gosto da ideia. mas a foto seria do que? lá em casa, de todo mundo? eu com a pessoa?

as fitas bem bonitas, como renda ou veludo me chamam a atenção, mas acho um gasto muito grande de recursos para algo que vai durar pouco, e, dependendo do tamanho do presente, nem pode ser reaproveitado. vi de colocar uma coisa divertida em cima, e as vezes um rodriguinho, que é o nosso cachorro, é uma ideia legal. acho que um papel de cor forte ou estampa bonita vai ser o escolhido. 

se eu aprender a usar a máquina de costura, sim aquela famosa do tiktok shop e shopee, talvez eu faça algo de tecido. mas admito que estou com um pouco de preguiça de inventar.



PRESENTES

como ano passado eu tentei inovar muito e ninguém usou, esse ano vou voltar para o básico. uma coisa mais body splash, brinco, que pelo menos é usado. estarei prestando atenção na black friday da granado. mas vai ser isso, para a minha irmã mais nova o perfume da mônica da jequiti, que ela ama, para a mais velha talvez o mesmo perfume que eu uso e ela gosta, para a minha mãe, descobriremos. ela é bem chatinha para isso, nada ela gosta muito. mesmo quando ela fala de algo, você ainda vai errar porque não era a que ela idealizou. então meio que...

de lembrancinha de trabalho, eles são um casal, então talvez algo para eles usarem em casa, vela aromática, algo assim. ou uma bebida. vinho ou espumante.

para meus amigos, eu sempre compro algo de boas energias. já foram vela, incenso, pedras, pulseira. estou realmente pensativa. e stava pensando em fazer algo com o arcano do ano da pessoa. não sei e aceito sugestões. esse presente tem que ser algo até dez reais, então fazer algo eu mesma é uma boa opção.

COMIDAS

essa ainda precisaremos saber o desenrolar da festa natal, onde será. o que está muito cedo para saber. mas sempre já salvando algumas coisinhas bregas inspiradas em guirlandas, árvores, que eu sei muito bem que não irei fazer.

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MINHA LISTA DE PRESENTES

já pensando se haverá um amigo secreto, já estarei começando a organizar uma lista na amazon. tem funcionado nos últimos anos e eu sempre amo meus presentes. também não acho ruim quando as pessoas que eu não conheço muito intimamente fazem isso. no amigo secreto da família eu tenho sempre sorteado pessoas que eu gosto muito e conheço o gosto: minha irmã (dei um livro que eu sabia que ela queria), minha mãe (dei uma sugestão que ela colocou no grupo e body splash e creme com um cheiro que eu sei que ela ia gostar. lá em casa a coisa do creme às vezes é um problema, porque todo mundo é meio enjoada, com enxaqueca e rinite...) e uma tia muito próxima (dei a sugestão dela da lista e uma pulseira). eu gosto muito quando meus amigos secretos são pessoas próximas porque eu não me importo de no fim ganhar um presente ruim, mas, felizmente, só tenho recebido bons presentes.

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é isso, pensando bastante já nas coisas, daqui a pouco, na metade de novembro, hora é começar pedir tudo na internet para ter certeza que vai chegar certinho! mas antes, por favor, vamos para um festinha de halloween?? (não pensei em nenhuma fantasia! mas também, ainda não vi uma festa legal na minha cidade!)

29/09/2025

escrever sobre leituras e as leituras de setembro/25

todo mês penso qual seria o melhor formato para escrever esse texto. lista? de forma corrida, igual da última vez? fazer um resumo do livro com algumas opiniões? só escrever opiniões que sejam quanto a qualidade do livro e da escrita? fazer associações diversas da minha cabeça? não sei, sempre vamos descobrir só na hora de escrever, de fato. 

esse mês eu tinha pensado em fazer apenas com as anotações que eu faço durante a leitura, mas logo descartei, porque pode acontecer de, inclusive, não ter anotações. quando estou lendo perto do computador, eu já abro um rascunho do que vai vir a se tornar esse post e anoto, de forma bem superficial uma coisinha ou outra (inclusive queria deixar um exemplo, mas eu apaguei e não consegui dar ctrl zs o suficiente para mostrar o do primeiro livro. vou tentar lembrar de deixar o rascunho de uma leitura aqui). também acontece que, se é um livro físico, as vezes eu anoto no livro algumas coisas. e aí essa anotação se perdeu até a possível existência de uma segunda leitura desse exemplar, que pode nunca acontecer por ninguém. e tem também o não anotar. se estou lendo e não tenho onde anotar algo, ou, apesar de ser algum ponto que eu gostaria de falar, na hora eu não ter algo minimamente formulado, então não tem anotação. às vezes demora um tempo formulando o pensamento, de porquê ele seria importante. também tem o só seguir o fluxo da leitura e realmente não parar para anotar qualquer coisa, e só ter uma nota mental de pensar sobre isso depois, que não é um método muito confiável de anotação.

outra coisa é que acho que apresentar frases mal construídas, palavras soltas e etc etc etc vai contra o objetivo inicial de isso tudo, que é, exatamente, desenvolver os pensamentos, pensar um pouco mais sobre o que foi lido e certos sentimentos que me vejo experimentando durante a leitura. isso seria voltar ao que eu não estava confortável antes, de consumir de forma pouco racional coisas e depois nunca mais olhar para elas. e esse tipo de comentário tem seu espaço: fica para o twitter.

talvez exista uma versão híbrida em algum momento, com as anotações iniciais seguidas do desenvolvimento delas. ou o descarte. isso também acontece bastante, de depois não fazer mais sentido.  mas não dessa vez, já comecei errado, quem sabe para outubro.

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uma grande história de amor, susanna tamaro

essa leitura foi curtinha e rápida, mas meio foda-se pra mim. em alguns momentos achei a que escrita parece meio juvenil, uma coisa meio histórias que lia na internet. as ações do livros são todas muito pouco dignas de notas, é só a vida indo. talvez a minha indiferença seja porque o livro fala principalmente sobre luto, e eu, felizmente, não tenho muita experiência com esse tema. também achei que para ser uma grande história de amor ela é muito unilateral, os demais participantes dela não são muito presentes, são meios incógnitos.

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a bíblia do tarô, sarah barlett

queria ler alguma coisa um pouco mais, será que podemos chamar de técnica?, sobre tarô, para estudar de forma mais aprofundada, principalmente sobre tiragens e simbologia, algo além das próprias cartas, como numerologia e outras associações simbólicas, já que eu tenho contato com tarô há dez anos, mas nunca desenvolvi muito os estudos. eu comecei estudando com um aplicativo, o labyrinthos, onde eles dão as cartas e palavras chaves, mas achei que tinham alguns problemas nesse método: a tradução ruim, de uma forma as vezes muito literal (e por um tempo, sem tradução), as cartas são personalizadas do aplicativo, não as cartas mais tradicionais, o que depois eu percebi ser muito importante para quem está querendo começar a aprender, e a metodologia palavras chaves e pequena descrição não ajuda a desenvolver uma leitura completa, e sim olhar as cartas de forma isolada. pelo menos foi o meu caso. em anos tirando assim, eu não consegui desenvolver um pensamento de contar uma narrativa mesmo. claro que é uma excelente ferramenta para quem está começando, mas eu diria para associar ao estudo com imagens tradicionais também e outras formas de estud odas cartas individuais. 

ganhei meu primeiro deck no final de 2023, e aí eu comecei a tirar mais mesmo. com as cartas em mãos a história é outra. porém, ainda segui muito a coisa de tirar as cartas e ir atrás dos significados, palavras-chaves e etc. até comecei  a consumir mais conteúdo de tarô, vídeos e etc para interpretação, e acho que consegui desenvolver um pouco mais essa questão da narrativa. mas eu não me sinto segura em tirar para os outros. para mim eu sempre faço o que seria uma tiragem linear, e eu consigo olhar as cartas e fazer a associação, mesmo que nem sempre colocando em palavras a ligação delas. a narrativa está ali, mas a objetividade para contá-la não. 

eu li o livro por completo, mas a verdade é que é a leitura de um manual não é apenas uma leitura linear que se acaba na primeira passada de olhos. então tenho pegado ele aos poucos, a cada tiragem semanal, para olhar. é mais interessante que procurar na internet, o que eu sigo fazendo por não me sentir segura com a interpretação das cartas, evita perder o foco do momento.

sobre a leitura de cartas, eu achei fraco. acho que usa associações muito simplórias, e sem aprofundar na presença da imagem. é realmente para pessoas que estão iniciando as leituras, e, como já disse, eu não comecei exatamente ontem. algumas cartas eu tenho interpretações um pouco diferentes, ou talvez já adquiri na minha experiência camadas mais profundas sobre ela, com sentimentos pessoais. isso de fato é falado bastante nele, como o tarô é um espelho da sua consciência/subconsiência, e eu concordo. mas aconteceu de eu achar que cartas estavam com o significado invertido. são cartas em sequência com desenhos similares, mas que, para mim, a minha leitura faz mais sentido. também, em vários momentos no livro é falado sobre olhar para as cartas, principalmente se você tem um baralho ilustrado, e tirar dali algo. os exercícios de cada naipe, com as cartas da realeza são assim. mas pouco é falado sobre o que de fato está ali. eu também não gostei da baralho escolhido para ilustrar o livro, talvez uma questão pessoal, mas ter usado o waite seria muito superior.

quanto a essa questão das cartas que eu não gostei, algo muito simples pode ser feito. e aqui, para mim, é uma das maiores qualidades desse livro. ele possuí muitos espaços em branco ao redor, que é excelente para fazer anotações. então eu vejo que, para quem está começando ele pode ser usado também como um caderno de estudos, digamos. por exemplo, eu não uso aquele deck, mas tem espaço ao redor. coloco ali, então, fotos do deck que uso. não acho que aquela descrição da carta seja completa? tem espaço ao lado para eu fazer novas anotações. a diagramação do livro é muito boa para isso.

eu fiz adesivos com o baralho que uso e estou colando no livro. também tem espaços em cima e embaixo que permitem fazer anotações de forma bem  confortável e organizada. aliás, esses adesivos foram os que eu já tinha organizado e editado certinho quando fui fazer o mini tarô. nada nesse mundo é feito à toa.

quanto as sugestões de tiragens, achei que são realmente bem legais, mesmo que não seja aprofundado. ter uma ideia de como podem ser feitas para, também, você criar as suas próprias. os exemplos de tiragens achei bem ruinzinhos, mas ajudam a entender o que pode ser tirado da pergunta/posicionamento da carta.

mais uma questão é que acho que algumas palavras estão meio fora de um sentindo realmente bon, mas acredito que seja uma questão de tradução, que as vezes me causa um pouco esse estranhamento.

todo mundo fala que é um livro iniciante. realmente, é bem iniciante. eu não posso reclamar de ter achado tão básico, eu sabia disso. mas queria começar com algo que é tido como básico mesmo, para não chegar num novo universo com termos e linguagens próprios que eu não consigo decifrar. recomendo para quem quiser começar a ler, e quer um guia de início que fale um pouquinho sobre tudo. é um livro bonito, bem ilustrado, com uma diagramação simples e leve, com muitos espaços em branco para anotações e o preço dele é bem legal para ser um primeiro livro. 

é execelente um livro para quem está começando os estudos. um livro desses e um deck físico de início já vão fazer o processo de aprendizado e confiança serem muito mairoes e mais rápidos (não que aplicativo seja ruim. foi o que eu tinha na época e foi bom também, mas só não chat gpt, por favor. não sejam ridículos.).

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chef, gautier battistella

estava querendo ler alguma coisa um pouco fora do que estou lendo normalmente e passeando pela livraria do telegram, passando o olho rapidamente na capa e na sinopse de vários livros, esse me pareceu interessante. um livro curtinho, menos de trezentas páginas, achei que ia ser rapidinho de ler. mas a realidade é que não engatei muito a leitura não. demorei coisa de uma semana para ler ele, o que tem sido meu normal normalmente, mas eu estava num ótimo ritmo de leitura, então acho que o problema foi ele.

ainda não terminei de ler enquanto começo escrever isso, porque não queria perder esse momento de confusão de qual é exatamente o objetivo do livro. para um livro que eu peguei para ler sem saber o que se tratava talvez essa reclamação não seja muito pertinente, mas acho que em 72% da leitura eu poderia já ter descoberto. eu também poderia pegar ele agora e terminar, mas não tô com tanta vontade assim.

o livro conta a história de um chef de cozinha estrelado, e ele se suícida no começo do livro, enquanto estava gravando um documentário, em um momento que parece ser de glória profissional. os capítulos alternam entre ele contando a história de sua vida e profissão e o que acontece com o restaurante e as pessoas envolvidas ali no pós morte. 

uma coisa que pode ser que tenha acontecido é que fala muita coisa sobre gastronomia francesa, que vou ser sincera, não sou completamente leiga, mas não sou também grande conhecedora. sei algumas coisas devido meus anos de programas de comida do gnt e masterchef, mas já faz um tempo que nem isso tenho tido contato. às vezes fica meio chato exatamente por isso, que comidas são essas, não sei nem a pronúncia! não é relevante para o livro, mas dá uma quebrada no ritmo de leitura.

a última hora de leitura engatou bem, aí eu consegui sentar e terminar ele rapidinho. o livro é legal, mas não foi para mim nesse momento. acontece.

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estou culpando o livro sendo que agora no dia 29 nem as revistas do mês terminei de ler. e eu assino revista de arquitetura, que nem tem muito o que ler. é isso. nem sempre tô afim, por isso que fazem uns dez anos que desisti de leitura como um hobby sistematizado, com metas, temas ou qualquer coisa do tipo. 

21/09/2025

eu gosto de tirar fotos

uns dois, três anos atrás que as pessoas resolveram gostar de novo de câmeras digitais e eu também fui uma delas. fui atrás das que tínhamos em casa, que eram duas, mas só achei a primeira que tivemos depois da analógica, de 2007, que, infelizmente, era a menos boa. mesmo assim, amei ter revivido ela, que então viveu coisas comigo por mais dois anos e então, em um dos dias que levei ela para passear, mesmo tendo carregado, ela não ligou. a câmera já tinha caído no meio da avenida das cataratas e quebrado um parte, ficado anos sendo usada como televisão de barbie da minha irmã mais nova, e, obviamente, tendo o seu tempo de uso pela minha família por um bom tempo. viveu bem. fiquei tristíssima, mas pensei em dar uma super carregada, vai que ela voltava a vida? já aconteceu dessas teimosias dela antes. mas aí eu descubro que ela não está em lugar nenhum.

tenho quase absoluta certeza, embora eu talvez não devesse ter depois de várias cervejas e shots, de que ela voltou para casa. eu deixei na mesa do bar? em qual deles? simplesmente não me entra na cabeça isso, as outras pessoas teriam visto. como que ela não está na minha casa? fiquei tristíssima de novo. além de estar muito tempo comigo e ter umas miçangas legais e fitinhas de nossa senhora e são francisco de assis (a gente nunca larga 100% os traços de catolicismo, mesmo que não participe há anos da religião. é.), ainda estava com meu cartão de memória dentro.

comprei outra, sem exitar muito. pesquisei várias, cogitei pagar mais de mil reais em uma 100% nova, mesmo que eu não tivesse esse dinheiro, olhei muito tiktok vendo câmeras e as fotos que elas tiravam... até decidir baseado em pouca coisa qual eu iria comprar. ao mesmo tempo que muito pensada, uma atitude meio impulsiva. eu, que não compro nada de mais de cem reais sem pensar MUITO. porque eu preciso de uma câmera, eu amo tirar fotos, mesmo que eu seja uma péssima fotógrafa. 

a história da impulsividade para comprar uma câmera não é nova para mim. a primeira vez que comprei uma câmera foi quando voltei a sair na rua pós pandemia. eu tinha começado a fazer estágio e estava como bolsista de iniciação científica, saindo pouco, então acabou que eu guardei um dinheiro que na hora eram para coisinhas inúteis. minha irmã me mandou uma que estava sendo vendida e eu comprei. sem pensar absolutamente quase nada. 
eu e a querida na primeira viagem que fomos juntas. um trambolho pra esse objetivo (dez/2021)
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mas eu sou uma péssima fotógrafa.

eu percebi isso, principalmente, fazendo meu tcc (acabei de olhar ele de novo e resolução ruim em algumas imagens, não sei se porque foi compactado para enviar, erros de diagramação, em um momento simplesmente o título da parte não aparece. eu não aguentava mais olhar esse trabalho!!!!). eu decidi que ia fazer uma exposição fotográfica, então visitei algumas casas na minha cidade e conversei com as moradoras. a ideia era mostrar as casas como elas são ao longo da vida, como ela nunca é um projeto finalizado, que o movimento do dia a dia muda elas, tanto pelo deslocamento dos objetos, a adição de novas coisas, o desgaste da casa, a mudança das horas e estações. bom, tá tudo descrito no trabalho linkado acima, caso alguém tenha interesse. mas quando eu fui editar as fotos eu vi que elas estavam péssimas. a maioria desfocada. a iluminação não ajudou, porque vamos ser sinceros, algumas casas não tem a iluminação boa o suficiente para uma leitura no quarto (o meu, por exemplo. de dia ok, mas a iluminação artificial é sofrível), imagina um ensaio fotográfico, ainda mais que a maioria aconteceu em dias que tive a sorte do nublado ou fim de tarde, porque é a hora que as pessoas estão disponíveis. a câmera que usei não é ruim, é um t6, mas não é uau que câmera incrível, ainda mais com a lente de kit, que é a única que tenho. mas definitivamente não é ruim. eu comprei ela de um fotógrafo, e ele fazia umas fotos muito boas. mas um problema: a habilidade do fotógrafo não veio junto. 

até aqui eu falei dos problemas técnicos das fotos desse trabalho: dificuldade em focar, iluminação realmente difícil em casas normais, lente que nem sempre conseguia dar conta do todo ou do zoom de um detalhe, ainda mais considerando que dentro de uma casa o espaço para se movimentar é restrito. mas eu acho que faltou olhar. eu estou falando desse trabalho em específico, porque eu posso referenciá-lo, mas é uma coisa que acho que se aplica à muitas outras coisas. eu já fiz fotos muito legais, principalmente quando a gente fazia os ensaios do Andu, já fiz ensaio para a ana que eu gosto muito do resultado, eu sempre tiro uma ou outra fotinha de bar legal. eu também não odeio o meu trabalho de tcc, eu só fiquei decepcionada com quantas fotos ficaram ruins, realmente ruins. e com a falta de como contar a história. eu queria mostrar os ambientes, não dava para serem só fotos de detalhes, que é o que mais me encanta. seguido de luz e sombra, que, como disse, não tava sempre presente. então eu não tinha tantas fotos que eu olhei e falei "que bonito!!".

no fim, achei o resultado satisfatório, apesar de, além da questão das fotos, ter tido algumas questões quanto a edição (não sei editar direito além dum filtrinho). mas eu penso que se fosse fazer de novo ficaria muito melhor. a verdade é que acho que ainda não saberia contar a história do jeito certo. e cada vez mais tenho me aproximado do meu problema com tudo o que tento fazer, eu acho: narrativa.

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eu não tenho tirado fotos. comecei uma frase falando que não sei porque, mas rapidamente apaguei. eu sei muito bem o motivo: eu não estou alegre com a vida, pouco me parece bonito, e minha rotina não tem tido nada muito bonito, já que eu só passo pelos mesmos lugares todos os dias, há meses. também que geralmente eu só levo meu celular para os lugares, e o xiaomi mais barato do Paraguai comprado em 2021, acreditem se quiser, não tira umas fotos muito boas, quem diria (e parece que só foi piorando, como pode, eu acredito nas histórias de piorarem a câmera nas atualizações, não é possível que meu padrão de qualidade tenha aumentado tanto), e isso irrita. a foto borrada a não ser que tenha LUZ, a distorção enorme de cores, e essas coisas todas. mas o que nos últimos dias achei belo e digno de nota? minha decoração de maionese. meu tampico que vencia no dia do meu aniversário. minha unha cor brahma duplo malte. minha tentativa de tarô na caixinha de fósforo - que era a ideia inicial mas não deu certo porque o volume do baralho ficou maior que da caixinha num papel mais grossinho e na verdade eu fiz em papel adesivo para colar no meu livro, como em breve saberão. 
 
 
mas nada como qualidade estética. mas aí eu acho que às vezes é isso, que tenho que desapegar da questão de ser bonito, e só olhar o que é. as coisas são bonitas porque na hora eram bonitas, não necessariamente bonitas esteticamente, ou de uma forma que todos concordarão. só os resgistros de qualquer coisa. não é esse o objetivo?

mas eu também comprei uma câmera nova, como já disse aqui, e eu acho que ela vai tirar bonitas fotos. testei só um pouquinho, mas voltarei a levar ela para todos os lugares.

***
enfim, em algum momento eu tinha um ponto, e aí, como com frequência acontece, eu perdi o ponto. até porque muito tem acontecido de eu pegar uns minutinhos quando estou a toa no trabalho para escrever. melhor que ver tiktok no mudo, não? e eu também queria ilustrar o post com várias fotos, mas em algum momento também desisti. mas é isso, falar e falar e pensar sobre qualquer coisa e não chegar em lugar nenhum. não tenho o objetivo de chegar em lugar nenhum. a conclusão aqui é que todo mundo gosta de tirar fotos, e a foto das coisinhas do dia a dia do outro são sempre mais bonitas que as suas. estou numa fase amargurada, eu acho.

18/09/2025

dias de tão nada que nada é digno de notas maiores que uma frase

perco por um minuto e me decepciono ou me vejo presa dentro de uma oração que não pedi.

sem equilíbrio.

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fico tentando lembrar exatamente o que senti anos atrás. mas me escapou. nada sobrou, só algumas memórias. saber como foi é diferente de estar sentindo.

mas qual o sentido de ficar querendo saber o que foi?

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roda da fortuna: mudança inevitável, inesperado. mas é uma roda. ciclo, coisas que seguem se repetindo.

sou no momento um sete de copa; olhei na rua um oito de ouros. ele foi varrido com as folhas.

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wishlist:

bolsinha de oncinha do brechó aqui do lado
perfume do chico bento sabor goiaba (acho que preciso mesmo é de menos tempo de tiktok)

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tenho caminhado, ido na academia, vivênciado coisas sem fone de ouvido. as vezes me pego presa na obrigação de escolher algo para ouvir, mas eu nem queria. igual quando descobri que pegar ônibus de manhã cedinho com música me deixava de mau humor. silêncio é bom. mas aí eu coloquei ontem uma musiquinha depois de quase uma semana, e foi ótimo. tudo é ótimo.

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tenho tentando anotar coisas que possam ser importantes para serem pensadas depois, mas não acho nada. mas também cansada da mesma reclamação de sempre.

10/09/2025

nada tem acontecido

os últimos dias não têm sido muito dignos de nota. nada acontece. li assisti ouvi coisas médias. senti um tédio infitino dentro da minha vida. fiquei doente. acho que isso ajuda bastante, essa falta de ação. esses resfriados que deixam a gente cansada e sem ânimo, mas, principalmente, sem respirar, são complicados. a necessidade de assoar o nariz toda hora limita quão longe posso ficar de casa, de um banheiro. então não faço exercícios físicos há dias, e meu corpo tem sentido falta do movimento.

tenho dormido mal, e não sei se é a respiração ruim, a insônia normal que tenho, a falta de movimento corporal ou um portal energético, como vive dizendo o tiktok. estou há dias sempre meio cansada de algo.

nos dias como esses sinto que eles me escorrem, que há pouco tempo, que haverão arrependimentos. nada me inspira. o tédio do conforto não me conforta. mas mediante várias coisas, eu digo a mim mesma: está tudo bem fazer pouco, quase nada, por você. mas isso não me anima muito.

mas eu tenho estado um pouco otimista, que em breve algo vai acontecer. 

mas, se não, ou até lá, eu vou seguir me consumindo por dentro e a cada dia achando menos propósito na vida.