04/12/2025

novembro, um mês agitado, de pouca leitura, mas de acontecimentos

fazendo meu filme - paula pimenta

é obvio que um livro para adolescente eu vou achar uma merda. 

esse foi o comentário que eu tinha colocado nesse post, de início. mas nem terminado de ler eu tinha. vamos por partes.

em uma das noites de piores escolhas de local, não porque o lugar é ruim, muito pelo contrário, é um lugar que gostamos muito, por causa do chopinho bem legal por seis reais no happy hour, um ambiente gostosinho aberto para fofoca e oportunidades para seguir a noite em outro lugar perto, mas que, como acontece com frequência na nossa vida, escolhemos ir em um dia de chuva. então, depois de acabado o happy hour e o chope de seis reais, seguimos para a casa de uma amiga. e entre um milhão de conversas, algumas devido uma situação um pouco engraçada, veio o tópico reler fazendo meu filme. e, assim, decidimos que faríamos isso mesmo.

comecei a ler e meu deus como a Fani é chatinha. quando eu assisti o filme, acho que ano passado, eu já tinha lembrado disso, e por isso eu estava achando que estava meio fiel (embora, pelo que eu lembre agora, o filme tem MUITO menos coisas). e isso quase poderia ser um problema, não? mas aí eu tive que puxar aqui que: ela tem 16 anos. nesse momento, minha irmã mais nova tem 14, faz 15 em janeiro, e é chatinha bem assim mesmo. quando eu li esse, eu era mais, nova, uns 12, e era chatinha assim mesmo. então, assim, estranho seria se todo mundo não fosse meio chatinho. são adolescentes!!!

aí, nessa de a gente ler fmf, veio a feira do livro da cidade, que a programação foi divulgada uma semana antes do evento, isso depois da nossa escolha de ler, e uma das autoras foi a Paula Pimenta. muito divertido que em duas semanas da decisão de reler ela estava aqui na cidade, para a gente ir ver a autora. o público, obviamente, entre as pessoas que leram fazendo meu filme simultâneo aos lançamentos, pessoas de cinema falando que entraram no curso por causa do livro (eu poderia ter essa história mas mudei minha segunda opção do sisu umas milhares de vezes) e as novas gerações de leitores, que eram, bem, do tamanho que eu era quando li pela primeira vez (e para essas pessoas, aparentemente, segue fazendo sentido o jeitinho de todo mundo ali, aparentemente adolescente será sempre chatinho).

o que mudou da primeira leitura? eu acho que o Leo. ainda meio sonso, mas, mais uma vez, estamos falando de adolescentes. mas na primeira leitura eu meio que preferia o christian. lembro muito menos do segundo livro que do primeiro, vamos ver quando releremos para ver o que achamos agora como adulta. mas o que quero dizer é que não odiei o Leo dessa vez. algumas coisinhas, com certeza, são totalmente sem noção, mas assim, não lembro como é o desenrolar das coisas nos próximos livros.

mas agora tenho uma foto com a Paula Pimenta, amou Eduarda de onze anos? (é a sexta foto <3)


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o médico e o mosnstro - o estranho caso de dr. Jrkyll e sr. Hyde - robert louis steveson

não tenho muitas notas sobre. eu coloquei na minha lista que queria ler quando saiu the substance, que eu gostei bastante, e todo mundo falou que era uma das inspirações e eu me senti meio burrinha de não ter lido ainda. ainda demorou bastante pra eu ler, porque eu tenho uma lista bem grande de coisas que eu quero ler, mas estava baratinho, é curtinho, e foi uma leitura divertida. meio que já sabia o que aconteceria (um livro velho clássico, mas não leve isso como garantido! o morro dos ventos uivantes foi uma grande surpresa para mim!), e, assim. legal. é isso.
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as intermitências da morte - josé saramago
outro autor que estava HÁ MUITO na minha lista de leitura. terminei agora (três de dezembro, mas a maioria eu li em novembro e, também, ainda não tinha escrito esse texto, que, inclusive, está sendo escrito de uma forma corrida, então achei pertinente colocar junto), e adorei. é aquilo, a gente às vezes se choca que um autor consagrado, que ganhou nobel, e essas coisas todas, é um bom autor? não deveria, não é mesmo? definitivamente estarei lendo mais.

muitos comentários sobre o livro, mas, o principal, é como eu passei o tempo todo dele com medo de morrer. não morri. é isso e acabou completamente a minha energia escrevendo, então vou dixar aqui só o registro que eu li, porque não estou com pensamentos muito formulados; gastei esse mês toda a minha energia pensando em natal e natal e natal, e olhando black friday pra comprar presentes, e comprando coisas, e aí, meio que acabou a energia de outras coisas. esse mês não escrevi, li pouco, não andei para frente com as minhas costuras, em resumo, fiz muito pouco. mas agora eu estou de férias. espero voltar a ser uma pessoa melhor. mesmo que tenha que descer três vezes por dia para pegar compras que estão chegando.

11/11/2025

tudo muda em pouco tempo, mas não mudou nada

fico tão ansiosa quando algo tem que ser feito. tenho uma tarde toda, não é possível que não consiga uma hora de academia, meia de arrumação de casa, uma e meia de estudo, meia de lanche da tarde, meia de banho e tiktok sem roupa na cama. mas aí acabou. e quando tem algo que não é isso que precisa ser feito eu fico tão ansiosa. e calculo cada segundo. mesmo que eu possa tomar banho outra hora ou não comer, ou estudar só uma hora. nada é urgente, nada.

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não achei que ia vender adesivo de verdade. mas estou feliz que estou vendendo adesivo. mas é trabalho. eu odeio trabalhar, mesmo quando não parece trabalho. o problema são os prazos. e as expectaticas alheias.

contagem de vendas: 7 (21/10)

pedi embalagens. tive que pedir, porque o que eu tinha em casa acabou. mas fui meio boba e pedi coisa da shopee internacional. está, nesse momento, em miami. e saiu mais pedido. mas agora preciso que saia mais um, para valer a pena as viagens: ir imprimir, ir levar no ponto de coleta. mas eu terei que ver como faço com as embalagens. elas nunca passaram por miami! mas, também, fazem meses que eu não compro nada internacional. não sei mais a rota. não é igual saber que estar em campina grande do sul é amanhã estar na minha casa.

contagem de venda: 26 (11/11)

seguimos vendendo adesivo. preciso pagar o show da lorde, né?

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no hope - the vaccines

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atualização de esmaltes: terminei o sou topping.

rosa glitter - estou usando enquanto digito isso agora. tem que passar umas três camadas, então mais uma esmaltação ou duas e acaba. não acho que vá ser esse ano, mas no começo do ano que vem com certeza.

amor profundo, impala - nenhum progresso, não fiquei com vontade de usar ele.

verde - nada, não tive vontade de usar ele, principalmente porque é difícil de tirar.

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me propus a escrever todo dia um pouquinho alguma coisa, para treinar a escrita. mas descobri que não tenho nada a dizer. que coisa. achei que tinha, achei que era possível. mas não. hora de começar a fazer questões discursivas mesmo, que é, no fim das contas, o objetivo.

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e aí eu passei o maior período da minha vida recente sem escrever nada. não tenho muito o que escrever, acho. tudo se esgotou. revisitando o que achei que tinha a ser dito aqui, tudo é tão longe do meu pensamento. o mês voou, coisas aconteceram. e aí? e aí nada.

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vi no twitter uma disucssão sobre a o balm de latinha da granado. há um ano eu me converti a usuária desse produto, que gosto muito de tudo. a reclamação era, exatamante, a latinha. que, para mim, foi um dos motivos da compra. eu amo a latinha. "porque é ruim de abrir" "colocar o dedo dentro? no meio da rua???". existem milhares de balms com outras embalagens. precisamos MESMO que mais esse seja com outro formato?  não, não precisamos. eu amo a latinha do balm. eu amo aplicar com os dedos. e quando eu não quero colocar o dedo, então, adivinhem? eu uso outro produto, com outro aplicador. nem tudo no mundo tem que ser pra todo mundo. eu odeio pessoas. eu amo o balm da granado.

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[19:19, 28/10/2025] eduarda: me danfo uma chance a mais de frsehar slgo

[19:19, 28/10/2025] eduarda: gastando anotando quão grande minha sorte

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são sempre muitas vírgulas, um texto que não fluí. tudo quebradinho, tudo um respiro. eu não sei se leria isso, não sei se é agradável, se é bom. mas é o que eu escrevo, então o que eu poderia fazer? não tenho como mudar a estrutura do meu pensamento. ou são vírgulas demais, ou não tem vírgula nenhuma.

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tomei uma atitude. um passo grande. troquei meu login de duda para eduarda.

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alguns rumos na vida. algo tem acontecido. o que veio menos de um mês atrás não faz muito sentido. mas tudo está exatamente igual. o que mudou se nada mudou? a percepção?

30/10/2025

novas chances aos livros abandonados: leituras de outubro/25

acabei de terminar de ler o morro dos ventos uivantes. isso que me motivou abrir esse documento para escrever. eu escreveria de qualquer jeito, sim, mas durante a leitura nenhuma anotação foi formulada, então, assim que terminei de ler vim escrever. minha história com esse livro começa uns dez anos atrás, quando peguei ele na biblioteca da escola naquela edição com a capa meio crepúsculo, mas eu não passei da página quinze, mais ou menos. achei chatíssimo e ele se tornou o primeiro livro da minha vida a ser abandonado.

com toda a questão do filme, eu, que sou uma pessoa que gosta de estar atualizada quanto aos assuntos do twitter, fui ler novamente. comprei ele, para não ter desculpas. demorei pouco mais de uma semana, e, enfim completei a leitura. e vou dizer: eu não fazia ideia de como era a história. mas me surpreendi positivamente de como ela é.

ainda acho o livro chato. não vou negar, não foi um livro que me deixou ansiosa para terminar logo, já que todas as pessoas dele são odiáveis. todo mundo é extremamente sonso e mimado. e vingativo. mas longe de esse ser o grande problema do livro, as pessoas chatas, eu não sou uma pessoa que procura virtudes nos personagens; é que é só? ok, o parceiro heathcliff tinha motivos para odiar todo mundo e querer vingança, e, em algum ponto, admite que gostava de fazer mal pelo simples fato de fazer mal mesmo, e aqui temos um ponto que é excelente. eu não me admiraria se eu também quisesse que elas morressem ou fossem desgraçadas caso eu vivesse com elas. é claro que, visto atualmente, toda a conduta do livro é criminosa ou no mínimo de mau gosto, e eu não posso dizer sobre os sentimentos dos leitores contemporâneos ao seu lançamento. e mais uma vez, isso não é nem de longe o problema do livro. violência descrita de um jeito meio fofoqueiro, enquanto as pessoas morrem e tem doença e morrem e tem doenças. não sei se ele é longo mesmo, eu não lembrava de ser, mas como comprei a edição de bolso, ele é um pouco grosso, e ele não é longo, tem edições dele com menos de 150 páginas (o meu quase 500. aí eu já não sei), mas ele foi longo demais. muito acontece mas não de um jeito interessante. é o tempo todo alguém doente, morrendo ou só sendo miserável.

o pior: eu adoro a ideia do livro. se fosse só por isso, essa coisa pessoas péssimas que, aparentemente, a única coisa que amam são a si mesmos e um ao outro. esssa coisa meio sombria, me agrada. o ódio geracional. uma mistureba de árvore genealógica. mas o desenvolver do livro não. e é isso, gosto mais da ideia do livro do que do livro em si.

no fim, fico feliz que dei uma chance de verdade para ele. agora, na lista de livros já abandonados, só temos um de auto ajuda. o que, para mim, não poderia me importar menos. 

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gostaria de fazer um comentário sobre um tiktok que vi esses dias sobre edições de clássicos. e a pessoa estava indicando quais as melhores editoras para comprar clássicos, tradutores, etc. ele falou que, para ele, o melhor eram as edições que vinham com textos de apoio, contextos do livro, notas explicativas, etc. eu não poderiam discordar mais. eu adoro ler um livro clássico como qualquer outro, sem se importar com o tempo que foi lançado. quero, eu mesma, descobrir os méritos dele. geralmente a gente não cai de paraquedas em um livro. então esses textos de apoio ou notas de rodapé explicativas eu apenas ignoro. nem nos livros atuais eu entendo todas as referências, porque preciso entender de livros mais velhos?

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depois, li olhos d'água, de conceição evaristo.
era um livro que estava sempre na ideia de "tenho que ler esse", mas eu nunca lia. minha irmã está fazendo no trabalho um clube do livro que as escolhas parecem bastante com "tenho que ler esse, mas nunca leio", então ela trouxe para casa e eu aproveitei para ler. eu não gostei. achei que nenhum conto é surpreendente. ele tem temas pesados, e não é um livro fácil de ser lido, não é divertido para sentar e ler ele inteiro de uma vez, mas não é esse o problema. eu não tenho problema com leituras densas e com temas pesados. esse ano eu já li becos da memória, que também traz alguns desses temas e desse eu gostei. o resumo de olhos d'água é que as pessoas vão morrer no final de todas as histórias. talvez naõ estivesse também no clima para esse.

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depois fiquei morrendo de preguiça de ler. ou não  tinha mais nenhum livro em mãos que eu estava morrendo de vontade de ler. esse mês eu tive bem pouco força de vontade de ler. e todas as leituras foram arrastadas. e todos livros muito bons. o que me faz chegar a conclusão que o problema era eu.

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aí eu li caixa 19, de claire louise-bennet. as primeiras palavras desse livro me trouxeram um sorriso ao rosto. é exatamente isso que eu queria. um montão de lugares comuns de quem gosta de ler. sim, todo mundo gosta de virar a página logo. sim, é gostoso demais meditar a existência do livro antes de ler, de fato; ler ele na cabeça antes de ler, imaginar, sentir tudo o que ele pode oferecer.

e aí ele ficou chato, extremamente chato. me arrastei por umas trinta páginas sem a menor vontade de ler.

e aí ele me entregou um afago de novo, com uma ela lista tudo o que leu e não leu. e eu amo de novo. essa sensação de que há muito, muito para se ler. que a gente nunca leu tudo o que importa no mundo, e nunca vai. não lemos aind nem tudo o que vai fazer parte de algo muito importante da gente, ainda não chegamos ali. eles estão ali, e a gente ainda não chegou ali. fico pensando como, com o passar dos anos, se torna mais difícil ter as referências importantes, todas. você sabe um pouco, por cima, de muitas coisas, e cada vez vão ter mais coisas para se saber um pouco, por cima. vai ser difícil. há muito a ser visto, e só o tempo de consumir todas as coisas que importam: já não temos muito, e aí precisamos escolher nossas referências, e quais a gente vai entrar mais a fundo, mas há muito, e nunca haverá tempo o suficiente. eu penso, com frequência, que deveria focar mais nessas coisas. mas as cosias que não são essas também ajudam a gente entender essas coisas, me sinto mal de não ter todas as referências certas. e, ainda, além de ter as referências, precisamos do tempo de usar elas para alguma coisa. criar algo. conversa de bar. não sei.

mas eu fiquei com vontade de ler todos os livros do mundo lendo esse livro. é um fato.

adoro quando ela fala que lia muito homens e do nada todos os livros eram de mulheres, sem um esforço. acho que isso é uma verdade, essa aproximação antural, eu não acho que algum homem tenha muito o que me falar.

Chegou uma hora não sei exatamente quando em que senti que já tinha lido minha cota de livros escritos por homens, pelo menos até então. Aconteceu de forma muito natural: não me lembro de decidir que tinha cansado e ia passar um tempo sem ler livros escritos por homens, só aconteceu que comecei a ler mais e mais livros escritos por mulheres e não me sobrava muito mais tempo pra ler livros escritos por homens. Ler livros escritos por mulheres ocupava todo o meu tempo e quando vi tinha se passado um ano e eu só tinha lido livros escritos por mulheres e outro ano passou e continuou igual, aí, muito de vez em quando, quase nunca, podia aparecer algo escrito por um homem, Jakob von Guten, do Robert Walser, por exemplo, mas eu continava lendo principalmente livros escritos por mulheres, e isso não mudou mais.

na época que estávamos quebrando todos os tabus tinham muitos clubes do livro, movimento em redes sociais e etc que falavam exatamente isso, e sempre apontavam de forma acusatória: quantos livros lidos por mulheres você leu esse ano? e aí eu fui contar, e meio que era metade/metade, a vida toda. ok que sempre fui uma grande leitora de romancinhos, livros que normalmente são mais femininos, mas mesmo esses, quando penso na adolescencia, muitos eram, sei lá, do john green. mas foi diminuindo. até os "livros importantes" pararam tanto de ser livros de homens, mesmo que a maioria dos clássicos de referência de tudo sejam escritos por homens. esse ano, dos 28 lidos até agora apenas sete ou oito foram escritos por homens. acho que é um movimento muito natural quando você se entende como pessoa, porque a experiência de vida é outra e é a coisa mais natural você buscar relações que façam mais sentido. mas é engraçado como isso é uma experiência quase universal da leitura. a gente cresce das "obrigações" para o que nos aproxima de nós mesmos.

mas o livro alterar entre fluxos muito bons e outros muitro ruins. demorei muito para ler, porque chegava numas partes muito arrastadas que, para mim, não iam. eu não sei gostei ou não dele, ser bem sincera.

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e é isso.

17/10/2025

não tenho medo de tentar mas tenho de os outros verem eu tentando

eu tenho medo de ser vista tentando e é da minha personalidade achar que tudo tem que parecer natural ou sorte, mesmo que não tenha sido natural ou sorte, e sim um esforço contínuo para algo acontecer. isso tem um pouco a ver com meu esforço nunca parece um esforço igual ao dos outros, sempre parece menos. e aí eu nunca sei se é porque ele, de fato, é menor que o dos outros ou se eu só não fico incomodando os outros falando vejam só como eu estou tentando! acho, até, meio vergonhoso. olha como eu estudo e vou na academia e como bem e faço coisas diferentese tenho metas e objetivos de vida! (e a pessoa não chegando no resultado esperado de nenhuma dessas coisas). não quero que olhem e pensem que eu sou uma fracassada, que tentou e tentou e tentou e não conseguiu.

mas essa de meu esforço sempre parecer menor que o dos outros: é porque, realmente, não é uma dor fazer isso. isso de tudo como ir na academia, estudar, começar uma coisa nova. realemnte, não é terrível fazer isso continuamente. às vezes, claro, tenho preguiça, falta de disposição e preciso me regrar para gastar uma horinha nisso aqui, otura horinha naquilo ali. mas, como obviamente não cheguei onde eu queria chegar, o esforço não pode ser medido, não é possível falar que deu certo. então eu sempre acho que, apesar de estar fazendo algo, parece que não estou fazendo o suficiente. as coisas estão ficando mais fáceis porque estão mais fáceis ou estão ficando mais fáceis proque eu estou progredindo?

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outra vista de tentativa - esses tempos tinha feito os adesivinhos de tarô pra meu livro. minha irmã falou: coloca pra vender na shopee. falei, pois é. coloquei. já vendi três. é uma coisa que nãogasto dinheiro, e quando vem o pedido, eu faço. simples. a gráfica é relativamente perto de casa, o correio também.

hoje, inclusive, aconteceu o pior cenário. a venda foi ontem, eu preciso ir imprimir, porque, obviamente, não tenho estoque, já que foram só três vendas em um mês e eu nem sei se vai vender mais. quinta - sexta. o correio não abre sábado. eu queria ter ido ontem imprimir, para enviar hoje. MAS está com o tempo SUPER instável, dando pancadas fortes de chuva e vento de forma bem imprevisível. é papel. o gasto de uber não está na precificação. terei que ver como isso vai acontecer.

eu amo fazer papel bonito. estou pensando em marca páginas agora. magnéticos. eu amo marca página magnético. mas teria que comprar uma quantidade absurda de ímãs. é triste e esse tipo de coisa também desanima.

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não sei, com frequência eu acho que deveria tentar mais, mas não sei como. talvez seja hora de tentativas desconfortáveis.

perdi o ritmo desse tópico porque estou no trabalho, ouvindo a chuva, sabendo que não vai dar pra ir imprimir e veio, enfim, o novo sistema da prefeitura. estávamos duas semanas sem o sistema, então meio que muitas coisas não estavam podendo ser feitas, porque não tava dando para consultar nada online na prefeitura.

enfim.

13/10/2025

o que não se desenvolveu (ainda)

um exercício de anotar começos e não terminar e mesmo assim colocar eles no mundo. os começos, sem términos. os começos sem desenvolvimentos, até porque nem acho que todos precisam ter término. sempre com a mesma justificativa. quando é que algo fica interessante o suficiente? quando algo perde totalmente o interesse e vira qualquer coisa. geralmente vira qualquer coisa. pedaços e cansaços.

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dualidade de colocar para fora e manifestação. infelizmente, por hora, um é contradição do outro.
as coisas não andam como eu quero. mas eu preciso falar. se manifestar for a solução, é impossível chegar nela sem trazer à superfície o ruim. contradição o tempo todo de algo.

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cidade maior que eu esperava mas também menor não há tão grande assim o corpo quando posicionado assume outras proporções. a cabeça cria coisas maiores que a realidade.

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meu sonho tão pequeno tão grande. queria ler um livro num dia fresco numa poltrona mole do sergio rodrigues na minha casa. nem acho ele o móvel mais bonito existente. mas parece adequado demais para um canto de leitura.

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quando eu li maquetes de papel em 2018, no primeiro semestre da faculdade, eu achei a coisa mais óbvia do mundo
agora toda vez que eu faço o mais simples dos protótipos em papel eu vejo, sim, eu vejo.

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até o fim do ano preciso terminar esses dois esmaltes que são feitos de vários restos de esmaltes (os dricas), esse amor profundo da impala, que eu acho que não dura nada na minha unha, apesar de amar a cor e o sou topping, só porque ele tá acabando mesmo, isso porque eu amei ele. project pan ou qualquer coisa assim?

07/10/2025

natal? um relatório adiantado mesmo que eu seja contra a venda de panetones desde setembro

já começaram a aparecer os panetones no mercado, desde o mês passado.

não concordo com esse tempo acelerado e serei resistência: só comprarei meu primeiro panetone em novembro, lá pelo meio ainda. sim, eu quero o panetone de caribe e talvez o do snoopy: eu caio fácil nessas, também não estamos imunes ao tiktok, embora a tendência seja até a hora de eu ir consumir eu já ter saturado da ideia desses produtos. mas eu realmente não vou comer panetone em outubro. desculpa. e aí vai sobrar para o meu panetone preferido, que é o do mercado, o que é muito feliz, porque geralmente é um dos mais baratos e lá em casa um panetone acaba em um lanche da tarde, então...

mas mesmo que já estejam querendo que seja natal, eu não acho que seja e não sinto nenhum clima de fim de ano ainda. muito pra acontecer, não? talvez não, mas natal pra mim é aquela sensação de deixar levar, nada pode ser feito, e o que precisar, janeiro está logo ali. e ainda não está no momento de baixar a guarda.

mas eu já comecei, sim, a olhar ideias, olhando preços de coisas, é um momento que pede alguma organização financeira. e eu sempre gosto de comprar presentes e fazer embalagens à mão. além dos presentes aqui de casa, sempre escolho uma lembrancinha de boas energias para amigos, trabalho, etc. então estou olhando ideias novas. para embalagens eu sou fã de kraft. é a coisa mais linda do mundo? não. mas é bem versátil e um rolo faz muita coisa. desenho, colagem, saquinho, caixa: se adapta para o que for preciso. então, obviamente, sempre há muitas inspirações assim.

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primeiro vamos para um relatório do que eu já fiz nos últimos anos.

EMBALAGENS

ano passado eu pintei elas com nanquim prata e usei fita de cetim preto e uma fitinha de folhas, que foi o que sobrou da minha fantasia de halloween. ano retrasado eu fiz com kraft e aquelas estrelinhas, corações, etc, pequenos, tipo glitter, que eu não vou saber o nome. também colei o nome da cada pessoa com letrinhas desse mesmo jeito, com uma fitinha para pendurar na árvore como um enfeite, e cada um em um formato, estrela, árvore, etc. 

essa era a imagem de inspiração. mas eu fiz com cola.

 
foram assim que ficaram! únicas fotos que achei...

o do ano passado eu não amei, porque os desenhos não ficaram muito bons e ainda alguns desenhei já tendo embalado os presentes, para visualizar melhor onde iriam as estampas, mas teria sido muito mais inteligente ter feito um papel primeiro e depois embalado, como se fosse um papel de presente já pronto. já as miçanguinhas coladas ficou lindo. o do enfeite penduradinhado foi excelente e funcionou muito bem, porque todos os meus presentes eram pequenos: colar, pulseira, brinco. e aí já puxo o gancho de 

PRESENTES

eu queria lembrar de mais que dois anos, mas realmente não consigo. ano retrasado eu comprei brinco, pulsei, colar, meio que nessa pegada para todo mundo. estava bem sem dinheiro, então pratas foi o caminho. eu sou muito fã do presente de prata, com cinquenta reais da para comprar uma lembrancinha bem legal. minha irmã mais velha ganhou aquelas ceras que derretem e liberam cheiro. para meus amigos eu comprei aquela pulseira de sete nós. no trabalho foi cacau show mesmo, também não pensei muito. ano passado eu queria presentes divertidos. comprei lego daqueles de flor da shopee e um perfuminho para minha irmã mais nova, para a minha irmã mais velha eu comprei aquelas maquetes que se monta um ambiente foto e para minha mãe um daqueles mapas de ir riscando lugares que você já foi. ninguém usou. nem o mini lego de flor foi terminado. para meus amigos e no trabalho eu comprei um incenso que tinha a embalagem mais divertida, no sentido brega, que eram "abre caminhos" e "hei de vencer". atrás tinha uma oração cristã. amo fazer parte de todas as crenças possíveis. para o meu pai é sempre um presente meu e das minhas irmãs, e, assim, é sempre um genérico. bebida. camiseta. perfume.

COMIDAS

outro tópico importante, eu geralmente gosto de cozinhar algo. três anos atrás eu fiz duas tortas, uma banofe e uma de lemon curd. ficaram ótimas. ano retrasado eu fiz arroz temperado, meio que tudo já tinha sido escolhido. e ano passado eu não consigo lembrar, mas acho que não fiz nada, só ajudei nos preparos lá em casa.

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relembrado o passado, vamos para as ideias desse ano.

EMBALAGENS

queria fugir do kraft. estarei vendo alguma embalagem útil, talvez saquinhos de algodão, que sempre podem ser usados para guardar coisas na bolsa, acessórios, sapato, etc, dependendo do tamanho. mas é mais caro. ou papel de presente tradicional mesmo, sem inventar muito. também vi umas ideias de em vez de laço usar linhas com uns formatos assimétricos, e gostei bastante. também com foto, gosto da ideia. mas a foto seria do que? lá em casa, de todo mundo? eu com a pessoa?

as fitas bem bonitas, como renda ou veludo me chamam a atenção, mas acho um gasto muito grande de recursos para algo que vai durar pouco, e, dependendo do tamanho do presente, nem pode ser reaproveitado. vi de colocar uma coisa divertida em cima, e as vezes um rodriguinho, que é o nosso cachorro, é uma ideia legal. acho que um papel de cor forte ou estampa bonita vai ser o escolhido. 

se eu aprender a usar a máquina de costura, sim aquela famosa do tiktok shop e shopee, talvez eu faça algo de tecido. mas admito que estou com um pouco de preguiça de inventar.



PRESENTES

como ano passado eu tentei inovar muito e ninguém usou, esse ano vou voltar para o básico. uma coisa mais body splash, brinco, que pelo menos é usado. estarei prestando atenção na black friday da granado. mas vai ser isso, para a minha irmã mais nova o perfume da mônica da jequiti, que ela ama, para a mais velha talvez o mesmo perfume que eu uso e ela gosta, para a minha mãe, descobriremos. ela é bem chatinha para isso, nada ela gosta muito. mesmo quando ela fala de algo, você ainda vai errar porque não era a que ela idealizou. então meio que...

de lembrancinha de trabalho, eles são um casal, então talvez algo para eles usarem em casa, vela aromática, algo assim. ou uma bebida. vinho ou espumante.

para meus amigos, eu sempre compro algo de boas energias. já foram vela, incenso, pedras, pulseira. estou realmente pensativa. e stava pensando em fazer algo com o arcano do ano da pessoa. não sei e aceito sugestões. esse presente tem que ser algo até dez reais, então fazer algo eu mesma é uma boa opção.

COMIDAS

essa ainda precisaremos saber o desenrolar da festa natal, onde será. o que está muito cedo para saber. mas sempre já salvando algumas coisinhas bregas inspiradas em guirlandas, árvores, que eu sei muito bem que não irei fazer.

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MINHA LISTA DE PRESENTES

já pensando se haverá um amigo secreto, já estarei começando a organizar uma lista na amazon. tem funcionado nos últimos anos e eu sempre amo meus presentes. também não acho ruim quando as pessoas que eu não conheço muito intimamente fazem isso. no amigo secreto da família eu tenho sempre sorteado pessoas que eu gosto muito e conheço o gosto: minha irmã (dei um livro que eu sabia que ela queria), minha mãe (dei uma sugestão que ela colocou no grupo e body splash e creme com um cheiro que eu sei que ela ia gostar. lá em casa a coisa do creme às vezes é um problema, porque todo mundo é meio enjoada, com enxaqueca e rinite...) e uma tia muito próxima (dei a sugestão dela da lista e uma pulseira). eu gosto muito quando meus amigos secretos são pessoas próximas porque eu não me importo de no fim ganhar um presente ruim, mas, felizmente, só tenho recebido bons presentes.

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é isso, pensando bastante já nas coisas, daqui a pouco, na metade de novembro, hora é começar pedir tudo na internet para ter certeza que vai chegar certinho! mas antes, por favor, vamos para um festinha de halloween?? (não pensei em nenhuma fantasia! mas também, ainda não vi uma festa legal na minha cidade!)

29/09/2025

escrever sobre leituras e as leituras de setembro/25

todo mês penso qual seria o melhor formato para escrever esse texto. lista? de forma corrida, igual da última vez? fazer um resumo do livro com algumas opiniões? só escrever opiniões que sejam quanto a qualidade do livro e da escrita? fazer associações diversas da minha cabeça? não sei, sempre vamos descobrir só na hora de escrever, de fato. 

esse mês eu tinha pensado em fazer apenas com as anotações que eu faço durante a leitura, mas logo descartei, porque pode acontecer de, inclusive, não ter anotações. quando estou lendo perto do computador, eu já abro um rascunho do que vai vir a se tornar esse post e anoto, de forma bem superficial uma coisinha ou outra (inclusive queria deixar um exemplo, mas eu apaguei e não consegui dar ctrl zs o suficiente para mostrar o do primeiro livro. vou tentar lembrar de deixar o rascunho de uma leitura aqui). também acontece que, se é um livro físico, as vezes eu anoto no livro algumas coisas. e aí essa anotação se perdeu até a possível existência de uma segunda leitura desse exemplar, que pode nunca acontecer por ninguém. e tem também o não anotar. se estou lendo e não tenho onde anotar algo, ou, apesar de ser algum ponto que eu gostaria de falar, na hora eu não ter algo minimamente formulado, então não tem anotação. às vezes demora um tempo formulando o pensamento, de porquê ele seria importante. também tem o só seguir o fluxo da leitura e realmente não parar para anotar qualquer coisa, e só ter uma nota mental de pensar sobre isso depois, que não é um método muito confiável de anotação.

outra coisa é que acho que apresentar frases mal construídas, palavras soltas e etc etc etc vai contra o objetivo inicial de isso tudo, que é, exatamente, desenvolver os pensamentos, pensar um pouco mais sobre o que foi lido e certos sentimentos que me vejo experimentando durante a leitura. isso seria voltar ao que eu não estava confortável antes, de consumir de forma pouco racional coisas e depois nunca mais olhar para elas. e esse tipo de comentário tem seu espaço: fica para o twitter.

talvez exista uma versão híbrida em algum momento, com as anotações iniciais seguidas do desenvolvimento delas. ou o descarte. isso também acontece bastante, de depois não fazer mais sentido.  mas não dessa vez, já comecei errado, quem sabe para outubro.

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uma grande história de amor, susanna tamaro

essa leitura foi curtinha e rápida, mas meio foda-se pra mim. em alguns momentos achei a que escrita parece meio juvenil, uma coisa meio histórias que lia na internet. as ações do livros são todas muito pouco dignas de notas, é só a vida indo. talvez a minha indiferença seja porque o livro fala principalmente sobre luto, e eu, felizmente, não tenho muita experiência com esse tema. também achei que para ser uma grande história de amor ela é muito unilateral, os demais participantes dela não são muito presentes, são meios incógnitos.

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a bíblia do tarô, sarah barlett

queria ler alguma coisa um pouco mais, será que podemos chamar de técnica?, sobre tarô, para estudar de forma mais aprofundada, principalmente sobre tiragens e simbologia, algo além das próprias cartas, como numerologia e outras associações simbólicas, já que eu tenho contato com tarô há dez anos, mas nunca desenvolvi muito os estudos. eu comecei estudando com um aplicativo, o labyrinthos, onde eles dão as cartas e palavras chaves, mas achei que tinham alguns problemas nesse método: a tradução ruim, de uma forma as vezes muito literal (e por um tempo, sem tradução), as cartas são personalizadas do aplicativo, não as cartas mais tradicionais, o que depois eu percebi ser muito importante para quem está querendo começar a aprender, e a metodologia palavras chaves e pequena descrição não ajuda a desenvolver uma leitura completa, e sim olhar as cartas de forma isolada. pelo menos foi o meu caso. em anos tirando assim, eu não consegui desenvolver um pensamento de contar uma narrativa mesmo. claro que é uma excelente ferramenta para quem está começando, mas eu diria para associar ao estudo com imagens tradicionais também e outras formas de estud odas cartas individuais. 

ganhei meu primeiro deck no final de 2023, e aí eu comecei a tirar mais mesmo. com as cartas em mãos a história é outra. porém, ainda segui muito a coisa de tirar as cartas e ir atrás dos significados, palavras-chaves e etc. até comecei  a consumir mais conteúdo de tarô, vídeos e etc para interpretação, e acho que consegui desenvolver um pouco mais essa questão da narrativa. mas eu não me sinto segura em tirar para os outros. para mim eu sempre faço o que seria uma tiragem linear, e eu consigo olhar as cartas e fazer a associação, mesmo que nem sempre colocando em palavras a ligação delas. a narrativa está ali, mas a objetividade para contá-la não. 

eu li o livro por completo, mas a verdade é que é a leitura de um manual não é apenas uma leitura linear que se acaba na primeira passada de olhos. então tenho pegado ele aos poucos, a cada tiragem semanal, para olhar. é mais interessante que procurar na internet, o que eu sigo fazendo por não me sentir segura com a interpretação das cartas, evita perder o foco do momento.

sobre a leitura de cartas, eu achei fraco. acho que usa associações muito simplórias, e sem aprofundar na presença da imagem. é realmente para pessoas que estão iniciando as leituras, e, como já disse, eu não comecei exatamente ontem. algumas cartas eu tenho interpretações um pouco diferentes, ou talvez já adquiri na minha experiência camadas mais profundas sobre ela, com sentimentos pessoais. isso de fato é falado bastante nele, como o tarô é um espelho da sua consciência/subconsiência, e eu concordo. mas aconteceu de eu achar que cartas estavam com o significado invertido. são cartas em sequência com desenhos similares, mas que, para mim, a minha leitura faz mais sentido. também, em vários momentos no livro é falado sobre olhar para as cartas, principalmente se você tem um baralho ilustrado, e tirar dali algo. os exercícios de cada naipe, com as cartas da realeza são assim. mas pouco é falado sobre o que de fato está ali. eu também não gostei da baralho escolhido para ilustrar o livro, talvez uma questão pessoal, mas ter usado o waite seria muito superior.

quanto a essa questão das cartas que eu não gostei, algo muito simples pode ser feito. e aqui, para mim, é uma das maiores qualidades desse livro. ele possuí muitos espaços em branco ao redor, que é excelente para fazer anotações. então eu vejo que, para quem está começando ele pode ser usado também como um caderno de estudos, digamos. por exemplo, eu não uso aquele deck, mas tem espaço ao redor. coloco ali, então, fotos do deck que uso. não acho que aquela descrição da carta seja completa? tem espaço ao lado para eu fazer novas anotações. a diagramação do livro é muito boa para isso.

eu fiz adesivos com o baralho que uso e estou colando no livro. também tem espaços em cima e embaixo que permitem fazer anotações de forma bem  confortável e organizada. aliás, esses adesivos foram os que eu já tinha organizado e editado certinho quando fui fazer o mini tarô. nada nesse mundo é feito à toa.

quanto as sugestões de tiragens, achei que são realmente bem legais, mesmo que não seja aprofundado. ter uma ideia de como podem ser feitas para, também, você criar as suas próprias. os exemplos de tiragens achei bem ruinzinhos, mas ajudam a entender o que pode ser tirado da pergunta/posicionamento da carta.

mais uma questão é que acho que algumas palavras estão meio fora de um sentindo realmente bon, mas acredito que seja uma questão de tradução, que as vezes me causa um pouco esse estranhamento.

todo mundo fala que é um livro iniciante. realmente, é bem iniciante. eu não posso reclamar de ter achado tão básico, eu sabia disso. mas queria começar com algo que é tido como básico mesmo, para não chegar num novo universo com termos e linguagens próprios que eu não consigo decifrar. recomendo para quem quiser começar a ler, e quer um guia de início que fale um pouquinho sobre tudo. é um livro bonito, bem ilustrado, com uma diagramação simples e leve, com muitos espaços em branco para anotações e o preço dele é bem legal para ser um primeiro livro. 

é execelente um livro para quem está começando os estudos. um livro desses e um deck físico de início já vão fazer o processo de aprendizado e confiança serem muito mairoes e mais rápidos (não que aplicativo seja ruim. foi o que eu tinha na época e foi bom também, mas só não chat gpt, por favor. não sejam ridículos.).

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chef, gautier battistella

estava querendo ler alguma coisa um pouco fora do que estou lendo normalmente e passeando pela livraria do telegram, passando o olho rapidamente na capa e na sinopse de vários livros, esse me pareceu interessante. um livro curtinho, menos de trezentas páginas, achei que ia ser rapidinho de ler. mas a realidade é que não engatei muito a leitura não. demorei coisa de uma semana para ler ele, o que tem sido meu normal normalmente, mas eu estava num ótimo ritmo de leitura, então acho que o problema foi ele.

ainda não terminei de ler enquanto começo escrever isso, porque não queria perder esse momento de confusão de qual é exatamente o objetivo do livro. para um livro que eu peguei para ler sem saber o que se tratava talvez essa reclamação não seja muito pertinente, mas acho que em 72% da leitura eu poderia já ter descoberto. eu também poderia pegar ele agora e terminar, mas não tô com tanta vontade assim.

o livro conta a história de um chef de cozinha estrelado, e ele se suícida no começo do livro, enquanto estava gravando um documentário, em um momento que parece ser de glória profissional. os capítulos alternam entre ele contando a história de sua vida e profissão e o que acontece com o restaurante e as pessoas envolvidas ali no pós morte. 

uma coisa que pode ser que tenha acontecido é que fala muita coisa sobre gastronomia francesa, que vou ser sincera, não sou completamente leiga, mas não sou também grande conhecedora. sei algumas coisas devido meus anos de programas de comida do gnt e masterchef, mas já faz um tempo que nem isso tenho tido contato. às vezes fica meio chato exatamente por isso, que comidas são essas, não sei nem a pronúncia! não é relevante para o livro, mas dá uma quebrada no ritmo de leitura.

a última hora de leitura engatou bem, aí eu consegui sentar e terminar ele rapidinho. o livro é legal, mas não foi para mim nesse momento. acontece.

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estou culpando o livro sendo que agora no dia 29 nem as revistas do mês terminei de ler. e eu assino revista de arquitetura, que nem tem muito o que ler. é isso. nem sempre tô afim, por isso que fazem uns dez anos que desisti de leitura como um hobby sistematizado, com metas, temas ou qualquer coisa do tipo.