17/10/2025
não tenho medo de tentar mas tenho de os outros verem eu tentando
13/10/2025
o que não se desenvolveu (ainda)
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dualidade de colocar para fora e manifestação. infelizmente, por hora, um é contradição do outro.
as coisas não andam como eu quero. mas eu preciso falar. se manifestar for a solução, é impossível chegar nela sem trazer à superfície o ruim. contradição o tempo todo de algo.
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cidade maior que eu esperava mas também menor não há tão grande assim o corpo quando posicionado assume outras proporções. a cabeça cria coisas maiores que a realidade.
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meu sonho tão pequeno tão grande. queria ler um livro num dia fresco numa poltrona mole do sergio rodrigues na minha casa. nem acho ele o móvel mais bonito existente. mas parece adequado demais para um canto de leitura.
07/10/2025
natal? um relatório adiantado mesmo que eu seja contra a venda de panetones desde setembro
já começaram a aparecer os panetones no mercado, desde o mês passado.
não concordo com esse tempo acelerado e serei resistência: só comprarei meu primeiro panetone em novembro, lá pelo meio ainda. sim, eu quero o panetone de caribe e talvez o do snoopy: eu caio fácil nessas, também não estamos imunes ao tiktok, embora a tendência seja até a hora de eu ir consumir eu já ter saturado da ideia desses produtos. mas eu realmente não vou comer panetone em outubro. desculpa. e aí vai sobrar para o meu panetone preferido, que é o do mercado, o que é muito feliz, porque geralmente é um dos mais baratos e lá em casa um panetone acaba em um lanche da tarde, então...
mas mesmo que já estejam querendo que seja natal, eu não acho que seja e não sinto nenhum clima de fim de ano ainda. muito pra acontecer, não? talvez não, mas natal pra mim é aquela sensação de deixar levar, nada pode ser feito, e o que precisar, janeiro está logo ali. e ainda não está no momento de baixar a guarda.
mas eu já comecei, sim, a olhar ideias, olhando preços de coisas, é um momento que pede alguma organização financeira. e eu sempre gosto de comprar presentes e fazer embalagens à mão. além dos presentes aqui de casa, sempre escolho uma lembrancinha de boas energias para amigos, trabalho, etc. então estou olhando ideias novas. para embalagens eu sou fã de kraft. é a coisa mais linda do mundo? não. mas é bem versátil e um rolo faz muita coisa. desenho, colagem, saquinho, caixa: se adapta para o que for preciso. então, obviamente, sempre há muitas inspirações assim.
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primeiro vamos para um relatório do que eu já fiz nos últimos anos.
EMBALAGENS
ano passado eu pintei elas com nanquim prata e usei fita de cetim preto e uma fitinha de folhas, que foi o que sobrou da minha fantasia de halloween. ano retrasado eu fiz com kraft e aquelas estrelinhas, corações, etc, pequenos, tipo glitter, que eu não vou saber o nome. também colei o nome da cada pessoa com letrinhas desse mesmo jeito, com uma fitinha para pendurar na árvore como um enfeite, e cada um em um formato, estrela, árvore, etc.
| essa era a imagem de inspiração. mas eu fiz com cola. |
o do ano passado eu não amei, porque os desenhos não ficaram muito bons e ainda alguns desenhei já tendo embalado os presentes, para visualizar melhor onde iriam as estampas, mas teria sido muito mais inteligente ter feito um papel primeiro e depois embalado, como se fosse um papel de presente já pronto. já as miçanguinhas coladas ficou lindo. o do enfeite penduradinhado foi excelente e funcionou muito bem, porque todos os meus presentes eram pequenos: colar, pulseira, brinco. e aí já puxo o gancho de
PRESENTES
eu queria lembrar de mais que dois anos, mas realmente não consigo. ano retrasado eu comprei brinco, pulsei, colar, meio que nessa pegada para todo mundo. estava bem sem dinheiro, então pratas foi o caminho. eu sou muito fã do presente de prata, com cinquenta reais da para comprar uma lembrancinha bem legal. minha irmã mais velha ganhou aquelas ceras que derretem e liberam cheiro. para meus amigos eu comprei aquela pulseira de sete nós. no trabalho foi cacau show mesmo, também não pensei muito. ano passado eu queria presentes divertidos. comprei lego daqueles de flor da shopee e um perfuminho para minha irmã mais nova, para a minha irmã mais velha eu comprei aquelas maquetes que se monta um ambiente foto e para minha mãe um daqueles mapas de ir riscando lugares que você já foi. ninguém usou. nem o mini lego de flor foi terminado. para meus amigos e no trabalho eu comprei um incenso que tinha a embalagem mais divertida, no sentido brega, que eram "abre caminhos" e "hei de vencer". atrás tinha uma oração cristã. amo fazer parte de todas as crenças possíveis. para o meu pai é sempre um presente meu e das minhas irmãs, e, assim, é sempre um genérico. bebida. camiseta. perfume.
COMIDAS
outro tópico importante, eu geralmente gosto de cozinhar algo. três anos atrás eu fiz duas tortas, uma banofe e uma de lemon curd. ficaram ótimas. ano retrasado eu fiz arroz temperado, meio que tudo já tinha sido escolhido. e ano passado eu não consigo lembrar, mas acho que não fiz nada, só ajudei nos preparos lá em casa.
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relembrado o passado, vamos para as ideias desse ano.
EMBALAGENS
queria fugir do kraft. estarei vendo alguma embalagem útil, talvez saquinhos de algodão, que sempre podem ser usados para guardar coisas na bolsa, acessórios, sapato, etc, dependendo do tamanho. mas é mais caro. ou papel de presente tradicional mesmo, sem inventar muito. também vi umas ideias de em vez de laço usar linhas com uns formatos assimétricos, e gostei bastante. também com foto, gosto da ideia. mas a foto seria do que? lá em casa, de todo mundo? eu com a pessoa?
as fitas bem bonitas, como renda ou veludo me chamam a atenção, mas acho um gasto muito grande de recursos para algo que vai durar pouco, e, dependendo do tamanho do presente, nem pode ser reaproveitado. vi de colocar uma coisa divertida em cima, e as vezes um rodriguinho, que é o nosso cachorro, é uma ideia legal. acho que um papel de cor forte ou estampa bonita vai ser o escolhido.
se eu aprender a usar a máquina de costura, sim aquela famosa do tiktok shop e shopee, talvez eu faça algo de tecido. mas admito que estou com um pouco de preguiça de inventar.
PRESENTES
como ano passado eu tentei inovar muito e ninguém usou, esse ano vou voltar para o básico. uma coisa mais body splash, brinco, que pelo menos é usado. estarei prestando atenção na black friday da granado. mas vai ser isso, para a minha irmã mais nova o perfume da mônica da jequiti, que ela ama, para a mais velha talvez o mesmo perfume que eu uso e ela gosta, para a minha mãe, descobriremos. ela é bem chatinha para isso, nada ela gosta muito. mesmo quando ela fala de algo, você ainda vai errar porque não era a que ela idealizou. então meio que...
de lembrancinha de trabalho, eles são um casal, então talvez algo para eles usarem em casa, vela aromática, algo assim. ou uma bebida. vinho ou espumante.
para meus amigos, eu sempre compro algo de boas energias. já foram vela, incenso, pedras, pulseira. estou realmente pensativa. e stava pensando em fazer algo com o arcano do ano da pessoa. não sei e aceito sugestões. esse presente tem que ser algo até dez reais, então fazer algo eu mesma é uma boa opção.
COMIDAS
essa ainda precisaremos saber o desenrolar da festa natal, onde será. o que está muito cedo para saber. mas sempre já salvando algumas coisinhas bregas inspiradas em guirlandas, árvores, que eu sei muito bem que não irei fazer.
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MINHA LISTA DE PRESENTES
já pensando se haverá um amigo secreto, já estarei começando a organizar uma lista na amazon. tem funcionado nos últimos anos e eu sempre amo meus presentes. também não acho ruim quando as pessoas que eu não conheço muito intimamente fazem isso. no amigo secreto da família eu tenho sempre sorteado pessoas que eu gosto muito e conheço o gosto: minha irmã (dei um livro que eu sabia que ela queria), minha mãe (dei uma sugestão que ela colocou no grupo e body splash e creme com um cheiro que eu sei que ela ia gostar. lá em casa a coisa do creme às vezes é um problema, porque todo mundo é meio enjoada, com enxaqueca e rinite...) e uma tia muito próxima (dei a sugestão dela da lista e uma pulseira). eu gosto muito quando meus amigos secretos são pessoas próximas porque eu não me importo de no fim ganhar um presente ruim, mas, felizmente, só tenho recebido bons presentes.
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é isso, pensando bastante já nas coisas, daqui a pouco, na metade de novembro, hora é começar pedir tudo na internet para ter certeza que vai chegar certinho! mas antes, por favor, vamos para um festinha de halloween?? (não pensei em nenhuma fantasia! mas também, ainda não vi uma festa legal na minha cidade!)
29/09/2025
escrever sobre leituras e as leituras de setembro/25
todo mês penso qual seria o melhor formato para escrever esse texto. lista? de forma corrida, igual da última vez? fazer um resumo do livro com algumas opiniões? só escrever opiniões que sejam quanto a qualidade do livro e da escrita? fazer associações diversas da minha cabeça? não sei, sempre vamos descobrir só na hora de escrever, de fato.
esse mês eu tinha pensado em fazer apenas com as anotações que eu faço durante a leitura, mas logo descartei, porque pode acontecer de, inclusive, não ter anotações. quando estou lendo perto do computador, eu já abro um rascunho do que vai vir a se tornar esse post e anoto, de forma bem superficial uma coisinha ou outra (inclusive queria deixar um exemplo, mas eu apaguei e não consegui dar ctrl zs o suficiente para mostrar o do primeiro livro. vou tentar lembrar de deixar o rascunho de uma leitura aqui). também acontece que, se é um livro físico, as vezes eu anoto no livro algumas coisas. e aí essa anotação se perdeu até a possível existência de uma segunda leitura desse exemplar, que pode nunca acontecer por ninguém. e tem também o não anotar. se estou lendo e não tenho onde anotar algo, ou, apesar de ser algum ponto que eu gostaria de falar, na hora eu não ter algo minimamente formulado, então não tem anotação. às vezes demora um tempo formulando o pensamento, de porquê ele seria importante. também tem o só seguir o fluxo da leitura e realmente não parar para anotar qualquer coisa, e só ter uma nota mental de pensar sobre isso depois, que não é um método muito confiável de anotação.
outra coisa é que acho que apresentar frases mal construídas, palavras soltas e etc etc etc vai contra o objetivo inicial de isso tudo, que é, exatamente, desenvolver os pensamentos, pensar um pouco mais sobre o que foi lido e certos sentimentos que me vejo experimentando durante a leitura. isso seria voltar ao que eu não estava confortável antes, de consumir de forma pouco racional coisas e depois nunca mais olhar para elas. e esse tipo de comentário tem seu espaço: fica para o twitter.
talvez exista uma versão híbrida em algum momento, com as anotações iniciais seguidas do desenvolvimento delas. ou o descarte. isso também acontece bastante, de depois não fazer mais sentido. mas não dessa vez, já comecei errado, quem sabe para outubro.
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uma grande história de amor, susanna tamaro
essa leitura foi curtinha e rápida, mas meio foda-se pra mim. em alguns momentos achei a que escrita parece meio juvenil, uma coisa meio histórias que lia na internet. as ações do livros são todas muito pouco dignas de notas, é só a vida indo. talvez a minha indiferença seja porque o livro fala principalmente sobre luto, e eu, felizmente, não tenho muita experiência com esse tema. também achei que para ser uma grande história de amor ela é muito unilateral, os demais participantes dela não são muito presentes, são meios incógnitos.
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a bíblia do tarô, sarah barlett
queria ler alguma coisa um pouco mais, será que podemos chamar de técnica?, sobre tarô, para estudar de forma mais aprofundada, principalmente sobre tiragens e simbologia, algo além das próprias cartas, como numerologia e outras associações simbólicas, já que eu tenho contato com tarô há dez anos, mas nunca desenvolvi muito os estudos. eu comecei estudando com um aplicativo, o labyrinthos, onde eles dão as cartas e palavras chaves, mas achei que tinham alguns problemas nesse método: a tradução ruim, de uma forma as vezes muito literal (e por um tempo, sem tradução), as cartas são personalizadas do aplicativo, não as cartas mais tradicionais, o que depois eu percebi ser muito importante para quem está querendo começar a aprender, e a metodologia palavras chaves e pequena descrição não ajuda a desenvolver uma leitura completa, e sim olhar as cartas de forma isolada. pelo menos foi o meu caso. em anos tirando assim, eu não consegui desenvolver um pensamento de contar uma narrativa mesmo. claro que é uma excelente ferramenta para quem está começando, mas eu diria para associar ao estudo com imagens tradicionais também e outras formas de estud odas cartas individuais.
ganhei meu primeiro deck no final de 2023, e aí eu comecei a tirar mais mesmo. com as cartas em mãos a história é outra. porém, ainda segui muito a coisa de tirar as cartas e ir atrás dos significados, palavras-chaves e etc. até comecei a consumir mais conteúdo de tarô, vídeos e etc para interpretação, e acho que consegui desenvolver um pouco mais essa questão da narrativa. mas eu não me sinto segura em tirar para os outros. para mim eu sempre faço o que seria uma tiragem linear, e eu consigo olhar as cartas e fazer a associação, mesmo que nem sempre colocando em palavras a ligação delas. a narrativa está ali, mas a objetividade para contá-la não.
eu li o livro por completo, mas a verdade é que é a leitura de um manual não é apenas uma leitura linear que se acaba na primeira passada de olhos. então tenho pegado ele aos poucos, a cada tiragem semanal, para olhar. é mais interessante que procurar na internet, o que eu sigo fazendo por não me sentir segura com a interpretação das cartas, evita perder o foco do momento.
sobre a leitura de cartas, eu achei fraco. acho que usa associações muito simplórias, e sem aprofundar na presença da imagem. é realmente para pessoas que estão iniciando as leituras, e, como já disse, eu não comecei exatamente ontem. algumas cartas eu tenho interpretações um pouco diferentes, ou talvez já adquiri na minha experiência camadas mais profundas sobre ela, com sentimentos pessoais. isso de fato é falado bastante nele, como o tarô é um espelho da sua consciência/subconsiência, e eu concordo. mas aconteceu de eu achar que cartas estavam com o significado invertido. são cartas em sequência com desenhos similares, mas que, para mim, a minha leitura faz mais sentido. também, em vários momentos no livro é falado sobre olhar para as cartas, principalmente se você tem um baralho ilustrado, e tirar dali algo. os exercícios de cada naipe, com as cartas da realeza são assim. mas pouco é falado sobre o que de fato está ali. eu também não gostei da baralho escolhido para ilustrar o livro, talvez uma questão pessoal, mas ter usado o waite seria muito superior.
quanto a essa questão das cartas que eu não gostei, algo muito simples pode ser feito. e aqui, para mim, é uma das maiores qualidades desse livro. ele possuí muitos espaços em branco ao redor, que é excelente para fazer anotações. então eu vejo que, para quem está começando ele pode ser usado também como um caderno de estudos, digamos. por exemplo, eu não uso aquele deck, mas tem espaço ao redor. coloco ali, então, fotos do deck que uso. não acho que aquela descrição da carta seja completa? tem espaço ao lado para eu fazer novas anotações. a diagramação do livro é muito boa para isso.
| eu fiz adesivos com o baralho que uso e estou colando no livro. também tem espaços em cima e embaixo que permitem fazer anotações de forma bem confortável e organizada. aliás, esses adesivos foram os que eu já tinha organizado e editado certinho quando fui fazer o mini tarô. nada nesse mundo é feito à toa. |
quanto as sugestões de tiragens, achei que são realmente bem legais, mesmo que não seja aprofundado. ter uma ideia de como podem ser feitas para, também, você criar as suas próprias. os exemplos de tiragens achei bem ruinzinhos, mas ajudam a entender o que pode ser tirado da pergunta/posicionamento da carta.
mais uma questão é que acho que algumas palavras estão meio fora de um sentindo realmente bon, mas acredito que seja uma questão de tradução, que as vezes me causa um pouco esse estranhamento.
todo mundo fala que é um livro iniciante. realmente, é bem iniciante. eu não posso reclamar de ter achado tão básico, eu sabia disso. mas queria começar com algo que é tido como básico mesmo, para não chegar num novo universo com termos e linguagens próprios que eu não consigo decifrar. recomendo para quem quiser começar a ler, e quer um guia de início que fale um pouquinho sobre tudo. é um livro bonito, bem ilustrado, com uma diagramação simples e leve, com muitos espaços em branco para anotações e o preço dele é bem legal para ser um primeiro livro.
é execelente um livro para quem está começando os estudos. um livro desses e um deck físico de início já vão fazer o processo de aprendizado e confiança serem muito mairoes e mais rápidos (não que aplicativo seja ruim. foi o que eu tinha na época e foi bom também, mas só não chat gpt, por favor. não sejam ridículos.).
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chef, gautier battistella
estava querendo ler alguma coisa um pouco fora do que estou lendo normalmente e passeando pela livraria do telegram, passando o olho rapidamente na capa e na sinopse de vários livros, esse me pareceu interessante. um livro curtinho, menos de trezentas páginas, achei que ia ser rapidinho de ler. mas a realidade é que não engatei muito a leitura não. demorei coisa de uma semana para ler ele, o que tem sido meu normal normalmente, mas eu estava num ótimo ritmo de leitura, então acho que o problema foi ele.
ainda não terminei de ler enquanto começo escrever isso, porque não queria perder esse momento de confusão de qual é exatamente o objetivo do livro. para um livro que eu peguei para ler sem saber o que se tratava talvez essa reclamação não seja muito pertinente, mas acho que em 72% da leitura eu poderia já ter descoberto. eu também poderia pegar ele agora e terminar, mas não tô com tanta vontade assim.
o livro conta a história de um chef de cozinha estrelado, e ele se suícida no começo do livro, enquanto estava gravando um documentário, em um momento que parece ser de glória profissional. os capítulos alternam entre ele contando a história de sua vida e profissão e o que acontece com o restaurante e as pessoas envolvidas ali no pós morte.
uma coisa que pode ser que tenha acontecido é que fala muita coisa sobre gastronomia francesa, que vou ser sincera, não sou completamente leiga, mas não sou também grande conhecedora. sei algumas coisas devido meus anos de programas de comida do gnt e masterchef, mas já faz um tempo que nem isso tenho tido contato. às vezes fica meio chato exatamente por isso, que comidas são essas, não sei nem a pronúncia! não é relevante para o livro, mas dá uma quebrada no ritmo de leitura.
a última hora de leitura engatou bem, aí eu consegui sentar e terminar ele rapidinho. o livro é legal, mas não foi para mim nesse momento. acontece.
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estou culpando o livro sendo que agora no dia 29 nem as revistas do mês terminei de ler. e eu assino revista de arquitetura, que nem tem muito o que ler. é isso. nem sempre tô afim, por isso que fazem uns dez anos que desisti de leitura como um hobby sistematizado, com metas, temas ou qualquer coisa do tipo.
21/09/2025
eu gosto de tirar fotos
18/09/2025
dias de tão nada que nada é digno de notas maiores que uma frase
perco por um minuto e me decepciono ou me vejo presa dentro de uma oração que não pedi.
sem equilíbrio.
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fico tentando lembrar exatamente o que senti anos atrás. mas me escapou. nada sobrou, só algumas memórias. saber como foi é diferente de estar sentindo.
mas qual o sentido de ficar querendo saber o que foi?
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roda da fortuna: mudança inevitável, inesperado. mas é uma roda. ciclo, coisas que seguem se repetindo.
sou no momento um sete de copa; olhei na rua um oito de ouros. ele foi varrido com as folhas.
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wishlist:
álbum de figurinhas na trilha da arte
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tenho caminhado, ido na academia, vivênciado coisas sem fone de ouvido. as vezes me pego presa na obrigação de escolher algo para ouvir, mas eu nem queria. igual quando descobri que pegar ônibus de manhã cedinho com música me deixava de mau humor. silêncio é bom. mas aí eu coloquei ontem uma musiquinha depois de quase uma semana, e foi ótimo. tudo é ótimo.
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tenho tentando anotar coisas que possam ser importantes para serem pensadas depois, mas não acho nada. mas também cansada da mesma reclamação de sempre.
10/09/2025
nada tem acontecido
os últimos dias não têm sido muito dignos de nota. nada acontece. li assisti ouvi coisas médias. senti um tédio infitino dentro da minha vida. fiquei doente. acho que isso ajuda bastante, essa falta de ação. esses resfriados que deixam a gente cansada e sem ânimo, mas, principalmente, sem respirar, são complicados. a necessidade de assoar o nariz toda hora limita quão longe posso ficar de casa, de um banheiro. então não faço exercícios físicos há dias, e meu corpo tem sentido falta do movimento.
tenho dormido mal, e não sei se é a respiração ruim, a insônia normal que tenho, a falta de movimento corporal ou um portal energético, como vive dizendo o tiktok. estou há dias sempre meio cansada de algo.
nos dias como esses sinto que eles me escorrem, que há pouco tempo, que haverão arrependimentos. nada me inspira. o tédio do conforto não me conforta. mas mediante várias coisas, eu digo a mim mesma: está tudo bem fazer pouco, quase nada, por você. mas isso não me anima muito.
mas eu tenho estado um pouco otimista, que em breve algo vai acontecer.
mas, se não, ou até lá, eu vou seguir me consumindo por dentro e a cada dia achando menos propósito na vida.
30/08/2025
opiniões sobre as leituras de agosto
no final de julho aconteceu aquele evento na minha vida que acontece a cada pouco: lembrar que sei ler e que na verdade eu adoro ler. e aí fui lendo um livro atrás do outro (e uns livros até grandes…), e assim, terminei pachinko e já emendei atmosfera, da taylor jenkins reid. e vamos começar falando dele.
assim que comecei a ler este eu lembrei tudo o que eu odiava na escrita dessa autora. eu já gostei dos livros dela uns anos atrás e li todos: odiei metade, gostei muito de dois, e por aí vai. mas nunca foi muito constante na minha opinião, porque os livros têm uma escrita que flui bem (mas eu, enfim, cheguei na conclusão óbvia que um livro fluir bem não quer dizer que ele seja bom), porém sempre tinha alguma coisa que me incomodava. o tiktok me convenceu a ler algo dela mais uma vez, já que todo mundo estava amando e falando que esse era o melhor livro da escritora até agora, e sabendo que são livros fáceis, e eu querendo ler uma coisinha mais tranquila, fiz essa escolha. e é, de fato, fácil de ler, o que pude comprovar porque tive o maior tempo de leitura no trabalho, que é uma leitura que é interrompida com frequência, então precisa ser fácil, e foi. mas não me importo muito com nada que aconteceu ali. e além de eu não me importar com nada, o livro tem um moralismo, que é o comum dessa autora... e assim, quebrou tabus. teria sido ótimo em 2016, talvez. em conclusão, não acho que eu vá ler os próximos livros dela.
aí, seguimos com as sugestões do tiktok, e aqui eu aproveito para dizer que tem mais dessas, já que adoro um conteúdo de livros e teve muita gente fazendo listas de meio de ano falando o que mais gostou de ler até agora, então acabei pegando alguns títulos para ler, já que coloquei na cabeça que iria parar de tirar print dos livros e deixar lá esquecidos, em vez disso, já ir colocando eles no kindle, que uma hora seria a hora deles. e, de fato, dessa forma tenho lido eles. então eu li boulder, da eva baltasar. vi umas duas pessoas falando que leram e amaram, um livro poético e tal. mas mais uma vez, eu não poderia me importar menos com ela ou com o que acontece com ela. uma coisa de deixar a vida ir levando, nunca ser muito responsável pelas suas coisas, que não me convenceu. a escrita poética? para mim foi um não. mais um livro rápido de ler, e esse é bem curtinho, então dá para ler em um dia numa boa, mas ainda assim conseguiu me entediar. se fosse um conto de trinta páginas talvez eu tivesse gostado.
o último desses do tiktok: como arruinar um casamento, alison espach. esse já valeu muito a pena, que livro interessante. a leitura é super rápida e gostosa, mas cheia de bons pensamentos. é basicamente a história de uma mulher que vai para um hotel se matar após sentir que ela meio que fracassou em tudo o que ela se propôs a fazer na vida, mas chegando lá, está tendo um super casamento, uma festa de vários dias. e nesse tempo ela desiste de se matar, e começa a fazer parte do casamento, se aproximando muito da noiva, que é uma pessoa jovem e meio perdida nos seus interesses de vida também. como ela não tem nada a perder, e nada a esconder e nada com nada no casamento, ela pensa sobre absolutamente tudo o que fez – e na maioria, o que não fez – na vida por causa do tipo de pessoa que ela queria, ou achava que deveria, ser. por essa distância com a vida dela, ela consegue ir ouvindo um pouco o que todo mundo tem a dizer sobre o casamento, e ir entendo o lado de todo mundo de tudo o que está errado naquela situação, que de fora, parece tão linda e ideal. até porque não é surpresa que o casamento não acontece. pelo título, né. (eu gosto muito mais do título original, que seria algo como as pessoas do casamento, que não deixa tanta certeza que o casamento não vai acontecer; é claro que poderia o título falar do casamento dela, mas essa é a última interpretação a se ter, vamos ser sinceros. o título brasileiro coloca o livro em outro lugar, como o casamento em primeiro foco, o título original fala do que ele fala: das pessoas do casamento. enfim, preferiria mil vezes uma tradução mais literal)
o tópico de como é fácil cair na nossa rotina, nas ilusões do que vai ser e do que já foi, e ir levando essa vida cada vez mais longe até um momento que ela não faz sentido nenhum para você, e para as demais pessoas do arredor. tenho muito pensando qual o limite do tédio saudável. se, no momento, eu vivo num momento de tédio saudável, movida pela esperança de um futuro melhor saudável, ou se já estou na situação de acomodação. de estar fazendo coisas que não acredito mais (tipo a tese dela ou o próprio casamento) só porque parece que eu tenho que fazer elas, e porque eu já coloquei muito tempo ou esforço naquilo. até onde a gente leva escolhas que estamos em dúvida só porque ou é tarde ou parece certo? e quando é o tarde? e quando as coisas são assim porque elas são de menos, por tentar menos, por se permitir menos por esperar menos?
no livro, a criação dessa pequena bolha onde os problemas são meio fúteis, como carros vintages, mas também completamente aceitáveis e reais no mundo do casamento, cria esse outro ambiente onde ela pode não se importar com nada, e ter outra perspectiva de si mesma, porque o foco todo são os outros, e ela de nada tem a ver com isso. dentro do nosso cotidiano, da convivência sempre com as mesmas pessoas, inclusive algumas que subjugam tudo o que é feito, estando a pessoa, dentro dessa realidade, num momento ou lugar inferior a esses parâmetros, nos esquecemos do que queremos, do que podemos ser, adentrando uma realidade outra, que, então, se torna a nossa. não é permitido ser muito além do que se é, querer muito além do que já se tem, porque isso gera questionamentos das outras pessoas, que podem ser desconfortáveis (aqui já trago uma coisa da jane eyre, que uma hora ela vai fazer uma coisinha e fala que foi fácil fazer porque ninguém perguntou sobre. e meio que é isso, sabe). apesar de eu mesma ser uma grande fã de rotinas, eu também odeio. eu preciso do equilíbrio. ou aquilo já falado: o tédio se torna tão confortável que já não te leva a nada, não de um jeito agradável, mas sim, paralisante.
uma última consideração quanto a esse livro é que eu percebi que tem muitos livros que já li e não lembro. ela faz várias menções a mrs dalloway, e, vou falar, eu sei que li porque tenho ele na minha estante. mas eu não lembrava do que era. ontem fui pegá-lo para dar uma olhadinha e tentar lembrar. talvez eu devesse reler. mais engraçado ainda é que esses dias eu me surpreendi porque abri na amazon um livro e estava lá que ele já havia sido comprado. eu não lembrava nem de ter lido ele inteiro, imagina físico, na minha casa, na minha estante! mas ele estava ali, e, mais um vez, fui dar uma folheadinha para lembrar. quanta coisa eu já não li desatenta nessa vida. e que privilégio ter o livro físico para relembrar.
pego o gancho dos livros do livro para falar que a próxima leitura foi exatamente porque fala muito nesse livro, jane eyre. eu fiz uma anotação sobre ele:
que livro chato
mas não é bem assim. mas também é um livro longo, então ele tem tempo de ser chato e bom, de formas alternadas, em momentos diferentes. e ele é bom. em alguns momentos eu não conseguia parar de ler. mas ele também é chato, então em outros momentos eu não conseguia ler muito. mas foi uma leitura que, no fim, me agradou bastante. eu odeio todos os homens desse livro, acho ela uma coitada no final voltando para o ex, que foi a primeira pessoa que ela pensou na vida… ela que queria ver tanto da vida, sentia tanto tédio de uma existência plana e linear, indo parar num cuzinho de mundo com três pessoas ao redor. merecia mais. conheceu dois homens na vida, meu amor? aquele primo um insuportável tentando colocar na cabeça dela que ela querer viver uma vida normal era o caminho para o inferno? queria socar ele toda vez que ele aparecia. mas é isso, não que eu precise falar que é um livro bom, mas é. às vezes meio maçante, mas… é bom.
por último nesse mês eu li ou-ou, de elif batuman. eu amo como toda experiência dela é a mesma vivida por mim como uma pessoa quando entrei na faculdade. pelo menos até metade desse segundo livro. é lindo como muitas pessoas são na verdade uma só, vivemos sempre as mesmas coisas, com pequenas mudanças no desenrolar das coisas. eu também faria a matéria de literatura sobre acaso, e levaria como um sinal. eu também me apaixonaria pela ideia de um livro falando sobre a vida estética. definitivamente eu vivo uma vida estética. mesmo quando a vida dela dá um rápida mudada eu entendo o porquê: ela quer viver coisas, experiências. mas eu vou ser sincera, eu acho que a parte em que ela viaja é um pouco... desconfortável? como ela caí tantas vezes em situações de assédio simplesmente? talvez tenha sido um pouco gratuito da parte da autora colocar tantas situações como aquelas e como ela simplesmente cede, estando numa situação completamente fora do controle e do conhecido. tudo pela história? é tudo narrado com um jeito meio desinteressando que é isso que passa, não muito que na situação ela estivesse aterrorizada ou algo assim, embora eu tenha ficado ansiosa.
em algum momento ela começa a refletir sobre como ela não é uma escritora. fiz isso já, inclusive escrevi alguma coisa sobre isso por aqui também, ela percebe que só ter uma história, uma ideia boa, ou anotações não é criar um romance.
Foi só no ensino médio, quando tive as primeiras aulas de escrita criativa, que comecei a ter uma ideia do problema. Percebi, chocada, que eu não era boa em escrita criativa. Eu era boa em gramática e argumentação, lembrava do que as pessoas diziam e sabia fazer graça em situações estressantes. Mas não eram essas as habilidades de que você precisava para criar pessoas curiosas e delinear arcos de desejo. Já me dava muito muito trabalho escrever sobre gente que eu de fato conhecia e tudo que elas diziam. Era para isso, aliás, que eu precisava da escrita. Agora eu tinha de inventar pessoas extras e pensar em coisas que elas poderiam dizer?
Descobri então que escrever sobre o que você já vinha pensando não era criativo, nem sequer era escrita. Era "olhar para o próprio umbigo".
(trecho do livro. não sei a página, li pelo kindle)
uma coisa que gosto nos livros dessa autora é essa coisa de que sempre terá uma referência a ser procurada, um livro a ser lembrado, uma ideia que pode ser que você não conheça e seja interessante conhecer. as questões teóricas de estética apresentadas, eu gostei de conhecer. eu tive aula de filosofia estética, que o enfoque era pra ser em arquitetura, já que eu curse arquitetura e urbanismo. mas essa matéria foi pouquíssimo aproveitada por mim pois foi 1. na pandemia 2. num dia que tinha matéria de ateliê de grande carga horária e 3. com uma professora que não era das pessoas mais queridas do mundo, que eu tinha três matérias e eu não aguentava mais ouvir a voz dela. não me orgulho de dizer que a maioria das aulas ou foram assistidas no mudo ou com uma tacinha de vinho em mãos para ver se eu conseguia chegar até o fim com alguma sanidade mental. talvez eu devesse, hoje, por conta, estudar essa questão mais profundamente (se alguém tiver alguma recomendação de curso ou livros...).
Então era isso que era um romance? Um plano em que se podia finalmente justapor todas essas pessoas diferentes, lhes servir de mediadora e pesar seus pontos de vista?
24/08/2025
esse blog e eu porque agora é uma nova página
eu tenho esse blog como um blog secundário desde que excluí meu blog secundário anterior. e aí o blog principal, que era o vírgula assassina, parou de existir e esse virou meu blog principal. estou nesse mundinho dos blogs desde 2009, mal sabia escrever, mas minha trajetória foi toda mudada pela revistinha super+, a filha criança da revista família cristã. é.
10/08/2025
bloco de notas
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uns meses atrás eu poderia ter pensando que nesse dia algo aconteceria. fazia sentido, seria uma história tão boa! mas que indicativo que o tempo passa, e passa rápido, e o que foi feito raramente é desfeito. no mais infeliz acaso, já que nenhum dos dois deveriam estar naquele lugar. moramos longe. eu mesma só fui parar ali por alguns enganos, nos cruzamos na rua, sem de fato perceber a presença do outro.
***
wishlist do momento
álbum de figurinhas da hello kitty
álbum de figurinhas na trilha da arte
livro a bíblia do tarô
câmera digital nova - a minha aparentemente faleceu
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eu sou boa com silêncios, mas nunca sei qual o espaço que devo deixar. qual o espaço do respeito e qual o espaço da desistência. devo perguntar se aquilo é a necessidade de um espaço?
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adicionei essas datas no meu calendário. esperando elas chegarem para eu me decepcionar ou não.
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acabei de pensar mais uma pergunta, ela voou da minha cabeça em um segundo. te pergunto outra hora. espero que tenha outra hora. elas têm acabado bem rápido nessa questão.
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R$77 - mercado
30/07/2025
tudo o que eu li desde fevereiro
28/07/2025
Poderia escrever poesias. Eu era bom nas poesias, eu achava. Poderia escrever contos. Um romance mesmo não tinha muita confiança, mas até tentei algumas vezes – obviamente que não chegando à lugar nenhum, nem nas fics que eu escrevia nos meus próprios blogs. Os fins eram ruins, eu nunca conseguia pensar em um final de verdade. Pessoas serem mortas ou morrerem? Muito básico. Nada acontecer? Eu amo livros que nada acontece, mas será que eu saberia fazer um livro que nada acontece? Em alguns momentos, achei que sim. Que uma coisa de fluxo de consciência, eu definitivamente conseguiria! Mas que fluxo? De que consciência? Eu era adolescente! E mesmo agora, dez anos depois, o que eu sei de relevante? Eu fico irritada quando alguém que claramente não tem nada a dizer tenta dizer algo.
De tempos em tempos eu falo: sim voltarei a escrever, de uma forma correta, sistematizada, tentando, de fato, dizer alguma coisa. Não três rabiscos num caderninho com um lápis de ponta tão grossa, já que nunca lembro de comprar um apontador e talvez seja hora de admitir que não, eu não prefiro apontar meus lapises com estilete, e a letra tão feia já que eu mesma tenho vergonha de algumas coisas que eu tenha a escrever. Também não sei escrever em cadernos. Eu queria. Notas de leituras, estudos, etc. A bem verdade é que não sei, nunca nada é relevante o suficiente ou eu acho que vou lembrar depois. O bom é que esqueço de ter esquecido, então fica tudo certo também.
Esse é um problema meu, e que eu sempre soube que era: vergonha. Não sei se é exatamente vergonha, mas é algo muito próximo. Insegurança, talvez? Eu acho que sim, insegurança. Nunca quero afirmar muito nada, porque pode ser muito pessoal, ou não quero afirmar muito nada porque claramente eu não sei do que estou falando, é uma coisa completamente do mundo das minhas ideias. E se alguém algum dia ler? E se eu morrer atropelada com meu caderninho na mochila e em busca de algum contato descobrirem meu medo de nunca ser amada de forma correspondente ou sobre meus problemas com meu corpo?
Odeio que as pessoas leiam o que eu escrevi, porque também tenho receio que não entendam o que sou eu e o que não é. E o que eu quis omitir de propósito. E que vejam coisas que não foram ditas, mas deveriam ter sido. Toda vez que me vejo na situação de ser lida eu me sinto muito mais vulnerável do que eu gostaria. Na exposição do meu tcc, na vez que levei uma poesia pra sala de aula como trabalho (meio vergonhoso escolher escrever uma poesia como trabalho por si, mas tudo bem), quando alguém disse que leu algo que eu escrevi. Eu tenho medo e vergonha e todo tipo de insegurança possível. Eu deveria ter feito melhor. Sempre.
Então em um momento eu só descobri que eu não seria escritora. Ainda bem. Porque eu gosto de escrever como um momento de pensar, e as coisas não são muito organizadas e não pretendem nada. De quando em quando eu redescubro o prazer de escrever, já que é só por escrever.
Mas ainda, de vez em quando, eu penso que eu poderia escrever um livro. como qualquer outra pessoa que gosta de ler e já em algum momento achou que sabia escrever.
23/07/2025
coisas a se fazer (e talvez a já negação, mostrando que não farei por motivos mínimos)
1. tentar correr um pouco: não quero aumentar a distância das minhas caminhadas mas definitivamente preciso aumentar a intensidade. o lugar que gosto de caminhar tem quatro faces, irei escolher uma para começar. mas eu vou ser bem sincera: não acho que eu vá, de fato, fazer isso. logo vai começar o verão, e o verão na minha cidade, ainda mais nas condições climáticas atuais, é bem intenso. eu odeio suor, minha pele coça, minha pressão cai. então daqui dois meses não vai parecer tranquilo e pouca coisa, vai começar a ser esforço o suficiente a rota que eu faço. e outra coisa muito importante furo nesse: eu ando meio sem músicas para exercício físico nessa cabecinha. precisando desbravar músicas para isso. mas ando meio com preguiça de fone de ouvido, só uso na hora de ir pra academia e na hora de ir fazer minha caminhada, que ai não é o momento de pensar muito sobre a música né?
2. bordar algo: ontem tentei bordar uma estrela, e lembrei que na verdade é uma coisa bem legal, e se você não tá preocupada com o verso da peça, é uma atividade bem intuitiva e que, o pior cenário, é ter que desmanchar. o que é importante ressaltar é que eu queria muito bordado com miçangas, então também tem o fato que preciso comprar miçangas. (isso foi escrito há dias. fui fazer uma roupa de festa junina e não achei muito intuitivo. não foi um bordado, foi fazer um remendo em formato de coração. mas é algo a se estudar.)
3. fazer alguma receita longa que nunca fiz: com frequência lá em casa falam sobre algo que cozinhei na pandemia. lá em casa todo dia saía uma pizza, um bolo, um pão árabe. depois disso, nunca mais peguei para fazer alguma coisa muito demorada, com medidas, com tempo de descanso. e não é como se eu não tivesse tempo... só preciso escolher uma que faça sentido, talvez um doce? não sei.
4. encontrar uma nova rotina que funcione: eu estou há quase um ano com a mesma rotina, e ela estava funcionando. só que parou de funcionar. trabalho - almoço - tiktok - academia - arrumar a casa - banho/lanche - estudo - filme/livro/não fazer nada parecia excelente. aí não era mais. troquei pra colocar uma caminhada no fim da tarde, de fato foi um excelente escolha em qualidade de vida, mas sem tomar banho e não sendo na minha cama, meu estudo rende nada. e não, eu não vou tomar dois banhos, estão onze graus lá fora. então também não está funcionando muito, preciso pensar ainda outra coisa.
atualizações depois que comecei a escrever esse texto e larguei n°2: acho que estou conseguindo encaixar direito as coisas que preciso fazer. o problema, pensando agora, era o frio. ele acaba com qualquer vontade que eu tenha de viver. mas essa semana que passou e essa presente já têm sido muito mais organizadas, com a sensação de que as coisas realmente estão sendo feitas, sono indo bem, exercícios físicos, estudos, trabalho, lazer devidamente bem colocado todos os dias, lavagem de cabelo também tá indo muito bem. o que não tá excelente é alimentação, e ontem, após comer uma quantidade meio absurda de cachorro quente e passar um pouco mal, talvez seja esse meu foco que é parar de comer coisinhas perdidas várias vezes ao dia e voltar pra fazer fazer refeições igual eu sei que é o melhor jeito pro meu corpo. não sei se era bem esse o foco desse tópico, essas pequenas coisas do dia a dia, mas acho que cabe, são essas coisas que formam a rotina, não?)
OBS.: após esse devaneio todo que foi para dois lugares diferentes depois de dias diferentes, como é importante ter esse registro de vários dias, e como a gente só tem percepções diferentes conforme o humor do dia. um dia meio qualquer coisa faz eu questionar a minha vida inteira. aí uns dias bons e tudo já é lindo novamente. eu iria apagar e reescrever e talvez retirar essa questão da rotina, mas talvez até eu terminar essa lista eu já esteja infeliz, de novo, com tudo o que eu tenha feito. e aí eu vou poder ler e ver que, pensando bem, eu só tive uma semana meio bagunçada, mas de modo geral, tá tudo muito bem. isso tudo é muito mais um exercício de pensar nas coisas em dias que eu sinto que talvez não esteja muito acontecendo, racionalizar o que penso que pode ser possível ou não do que realmente fazer uma lista definitiva.
5. costurar algo: acho que vem um pouco da mesma ideia do bordado, a diferença é que definitivamente estarei tendo que ter uma máquina. e pensando se eu pego a máquina grande, já existente, mas que não cabe em muitos lugares no meu quarto, ou compro uma daquelas da shopee de doze pontos. mas eu tava desde o começo do ano querendo fazer uma bolsa. e bordar ela. as vezes é isso. uma bolsinha com meu bordadinho. (reflexão do tempo: a recente experiência da roupa junina, que na verdade foi julina, realmente me disse que eu preciso de um máquina, à mão que não vai ser. quanto a bolsa: achei uma belíssima na shopee. outra coisa: divido quarto e minha irmã achou ruim qualquer baguncinha. o que é bem chato porque tava tudo em cima de uma mesa e o quarto também é meu, mas......)
6. reler lugar feliz: foi, nos últimos tempos, o livro que mais mexeu comigo. tenho vontade reler e chorar o mesmo tanto? mas eu não sei se ele bateria do mesmo jeito. enfim. em algum momento. ele está na prateleira.
7. ler mais, de modo geral: quando eu lembro que amo ler é ótimo. mas também, achar livros ultimamente que eu esteja amando ler está difícil. mas comecei a tirar o kindle da bolsa no trabalho, e quando tenho um tempinho livre, em vez de ir para o celular, estou tentando pegar mais ele. uma excelente troca. acabei de ler em coisa de uma semana querida tia, da Valérie Perrin. eu gosto muito dos livros dela, o jeito que ela constrói a história, mas sempre é DEMAIS. nesse no último minuto ela adiciona uma informação desnecessária, que, pra mim, quebra completamente o clima, simplesmente não faz sentido, sabe? mas fizeram minhas manhãs felizes nessa semana que tava meio devagar o trabalho, principalmente com atividades curtas. mas também não tenho nenhuma meta, nem nada. é só que é um é uma das atividades que mais me conecta comigo mesmo, desde que me entendo por gente. o tempo da leitura é também o tempo de estar ali com o livro olhando para o nada. enfim.
8. me reconectar um pouco com a minha (pouquíssima) espiritualidade: acho que cada um tem a sua ferramenta para acessar seus pensamentos, desejos, frustrações, reclamações, o fundo das coisas humanas que são impalpáveis. eu nunca fui uma pessoa muito crente de nada. esses tempos vi alguém em algum lugar da internet falando que ficou chocada ao descobrir que as pessoas realmente acreditavam nas coisas que estavam sendo feitas na igreja, e não estavam fingindo, igual ela. e eu me sinto um pouco assim desde que me entendo por gente. nunca me senti tocada por religião, nunca nada de, sei lá, simpatia ou coisa do tipo, funcionou comigo, essas coisas. mas também nunca desacreditei de nada, tanto que, de fato, nunca fui longe em nada com um viés mágico, porque vai que, de fato, acontece algo, mas eu, com meu semi ceticismo, não estou devidamente munida das ferramentas para lidar com aquilo... mas o jeito que eu, nos últimos anos, encontrei para me conectar com o que talvez não possa ser pensado no modo normal foi o tarô. mas ultimamente, as minhas tiragens tem sido… mornas. eu não consigo olhar muito e pensar além de palavras chaves e situação legal ou não legal na vida. então precisamos voltar a estudar para além de um ou outro vídeo no tiktok. é. estarei vendo alguns livros (mas isso terei que ver no tiktok algumas sugestões. quais são os bons livros sobre o assunto?)
eu acho que vou parar por aqui, por hora. acho que estou mais indo atrás das justificativas de não fazer do que de jeitos de, de fato, fazer. e também eu já vou começar com aquelas coisas que eu nem quero mesmo fazer, tipo, escrever um livro. fazer um desenho por dia. viajar para um lugar que definitivamente não me cabe financeiramente. achar uma fonte de renda alternativa para fazer essa viagem acontecer. aprender sobre investimentos. deixar a franja crescer. arrumar meu guarda roupa. começar a arrumar a cama ao acordar… ou coisas que eu já meio que faço mas que, no momento, não tá indo muito bem, tipo guardar dinheiro, fazer um curso sobre algo novo, etc.
enfim.
04/07/2025
pensamentos da semana versão estendida além da anotação no bloco de notas
quando as direções da vida mudam, e você tem que colocar as coisas à limpo para os outros entenderem. mas por que os outros deveriam entender? por que deveriam se quer saber? e aí, do nada, a conversa arranha, cheia de ruído, porque tudo foi indo, e indo, e indo, e o ponto inicial de explicar já se passou, não era importante no momento. nem agora.
não é IMPORTANTE, mas toda vez que o assunto passa, de leve, é estranho. não é mais. não tem mais.
são vários pontos, tudo mudou. pouco mudou. nomes, talvez. alguns lugares? omitir as coisas. preguiça de ser honesta, apenas para não ter que me explicar muito. o tempo passou.
***
mas eu não tenho sentimentos ruins, em relação a nada. sinto que isso é um problema, me faz pensar que eu não estou indo fundo nas coisas. eu não vou até o fim, e o caminho da volta é fácil. parece humilhante às vezes; não é um sentimento de superioridade. eu realmente não me importo. mas eu me importo com a minha imagem, externa, é claro que me importo. eu sinto frustação com as coisas que aconteceram e com as que não aconteceram, é claro. mas raiva? raiva não. e talvez eu seja alheia a minha própria vida, talvez eu seja só uma pessoa tranquila. eu realmente não sei.
nada parece ser muito grave, nada parece ser muito intenso. o problema está no começo (e por isso no final não vira nada?) ou o problema está no todo?
ou ainda, não é problema nenhum?
***
resolver o que foi pensando ha muito tempo é muito engraçado; num dia eu poderia jurar que se houvesse uma possiblidade, seria uma nova oportunidade. somos diferentes, mudamos. claro que sim. eu me sinto melhor, eu sei que estou melhor. e você?
mas cai, então, essa ideia. tendo convergido novamente, mostra-se que não.
e no fim, o que foi é exatamente o que era para ter sido. não há parte melhor, momento melhor, pessoa melhor. para mim, que sempre achou que poderia ter sido mais, fico feliz que cheguei nesse lugar. demora um tempo, mas depois faz sentido para sempre, em todas as outras situações.
09/05/2025
mini tarô - e projetos não terminados
| depois de mais de uma hora de trabalho as únicas cartinhas que estavam prontas eram as da direita. |
18/03/2025
eu tinha um ponto sobre um livro mas não evoluí ele
estou lendo a idiota, que estava há muito na lista de leituras que vejo o tempo todo alguém no tiktok recomendar e, enfim, fui ler.
por hora, o livro é ótimo. eu amo livros que não acontecem nada. e eu amo como ela é uma adolescente de 18 anos pretensiosa daquele jeito que acha tudo de si tão importante, cheia de desprezo pelos outros, enquanto assume que é extremamente alheia a tudo. eu era exatamente assim.
e agora, acabo por passar por uma passagem que ela saí com o ivan, um cara que ela tinha feito uma matéria, e eles vinham trocando emails, diversos. e ele fala nesses emails que, de certa forma não levava essa proximidade que eles tinham no escrito para a vida real porque meio que o que eles falavam por email não era a comunicação do cotidiano, do básico. então eles saem para tomar um café, dar uma volta. e o tempo todo eu sinto ela odiando o encontro porque ele fala. e fala muito. e fala sobre ele, enquanto ela não consegue muito bem se colocar. e acho que ela percebe um pouco isso, que, de fato, ali, na presença, na vivência, talvez não sejam tão interessantes assim.
não sei se foi o que realmente aconteceu, ela foi embora pra algum outro evento que tinha dito que estaria e eu me senti um pouco aflita e parei para comer um sanduíche de frango que estava imaginando desde o almoço, com saladinha de repolho, cenoura e rabanete e maionese.
o que me deixou aflita é que eu acho que vivo constantemente nas relações entre ser a pessoa quieta vendo a outra pessoa ser, e isso ser o bom, eu não estar presente ou eu ser a pessoa que torna a existência de algo, enquanto realidade da vivência, realmente algo. ou estou vendo as coisas acontecerem pensando coisas demais, ou estou falando, tapando os buracos, enquanto a relação quando não materializada, enquanto uma conversa de whatsapp fluí muito bem.
e assim eu vou ficando um pouco com preguiça das pessoas, mesmo que eu goste muito delas. a perspectiva de ter que ficar falando initerruptamente porque se não a situação fica meio estranha, mesmo que eu meio que conheça a pessoa, e a pessoa me conheça. eu tenho preguiça. a situação de eu não conseguir falar eu consigo facilmente sair, eu só vou embora o mais rápido possível, mas a de só eu ter que falar... porque nem todo mundo vê isso como um problema, ou como algo a ser livrado, eu acho.
depois, na ausência de ivan, ela sente falta dele. mas qual ele? o que ela acabou de vivenciar, que falou e falou, e em algumas dessas falas se projetaram nela de uma forma negativa, ou o ivan da escrita, distante? e eu odeio que isso ocorra. porque é isso. a ideia da pessoa ou ela em seu distanciamento é uma presença tão agradável, mas as vezes a presença dela na realidade não. e fica a pergunta: é uma questão de tempo até que essas duas pessoas, ou versões, se alinhem, ou nunca acontecerá, exatamente porque são duas coisas diferentes?
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segui com a leitura e no fim ela não fala nada sobre isso, e eles continuam saindo. não sem outras pequenas tensões, mas, no fim eu só estava projetando uma situação minha?
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eu fiquei com preguiça de continuar o texto, certeza que eu tinha muitos outros pontos para serem colocados, mas ultimamente tem sido assim, desde que eu resolvi voltar a tentar escrever do jeito que eu consigo escrever e não num caderno, eu começo, fico com preguiça, penso em voltar depois, mas nunca mais volto. mas agora, depois de dias, quando estou finalmente terminando o livro só para dizer que, de fato, é um excelente livro. eu consigo me imaginar passando por todas as situações péssimas dela, que não tem nada de muito péssimo de verdade, toda a relação dela com o ivan, e tudo com dezessete/dezoito anos. eu meio que amei. e agora eu vou ler os últimos quinze minutos de livro.