em fevereiro tivemos só livros curtinhos ou rápidos. igual o mês. sei que a partir de agora não vou ler mais nenhum até depois do carnaval então, vamos lá:
o mágico de oz, de L. Frank Braun
é um livro infantil né? eu já li ele quando era criança, e lembrava de uma cena só, perto do começo. o que me faz pensar que talvez eu tenha lido só o começo. enfim, é rápido e fácil de ler. acho meio questionável como num momento é meu deus matei um besouro e depois é foda-se vamos matar quarenta tigres, as abelha tudo, um gato aleatório só porque ele ia matar um rato (o que justifica uma vida de uma criatura que não conhece pela outra?), mas ai acho que estou olhando demais as coisas pela moral mais de 100 anos depois?
enfim, eu não sou de todo uma grande entusiasta de livros infantis que tentam sair da bolha do infantil. mas o que me fez querer ler esse foi a edição lindíssima da antofágica. de fato, lindíssima. foi uma experiência legal e gostosa.
becos da memória, de Conceição Evaristo
é um livro que quem lê provavelmente já pensou em ler. demorou muito para eu ler ele de fato, tanto na vida, quanto no tempo que estava na minha estante. é meio difícil falar alguma coisa sobre o livro, já que meus comentários são meio "nossa é bom" ou "não é muito minha coisa" porque é um livro que todo mundo conhece e meio que sabe que é bom. é bom. escrita fácil de ser lida, a forma que a história é contada é muito fluída e interessante, e como as histórias são, no fim, só uma história. é um livro bom. mas isso todo mundo sabe.
primeiro eu tive que morrer, de Lorena Portela
da pra ver que é o primeiro livro de alguém. ele tem um ritmo ruim, objetivo quase nenhum, e uma quantidade bem maior do que se é agradável de citações de músicas. ele começa parecendo um folheto publicitário de jericoacoara. aí começa com um ar de mistério que no fim não desenvolve pra absolutamente nada. as coisas todas muito legais e e incríveis na vida dela e no fim ela surta um pouco e as coisas ficam meio esquisitas, mas também sem nenhum explicação ou motivo. tipo, ok, é pra representar como ela tava ruinzinha da cabeça e o quanto ela não vinha se cuidando, mas assim, se propôs a criar uma profundidade? não criou. se propôs a criar uma aura misteriosa e de coisas esquisitas acontecendo? não foi o suficiente. e tudo se resolve muito rápido, até porque o drama mesmo só chega no fim. é um livro rápido de ser lido mas é um livro ruinzinho. não é horroroso. mas não me deu vontade de ler mais algo da autora.
a guarda-costas, de Katherine Center
achei um romancezinho muito divertido. é um dos livros que a gente começa sabendo como acaba, e tudo bem. tem uma situação no final que ok não era bem esperado. fácil de ler. os personagens não são tongos e é legal que a história não é só sobre o romance, tem outras coisas acontecendo. enfim, uma boa leitura para descansar a cabeça num domingo (li praticamente inteiro em um domingo).
sou fã do universo do mágico de oz, acaba sendo meu comfort place sempre que tô mais tristinha. acho que essa suspensão do real que é exigida pra ler o livro, que é mais fácil quando você é criança, me traz um quentinho no coração. caso você tenha gostado, indico os outros livros (são 14 volumes do autor original e no total são cerca de 40 livros canônicos de vários escritores. não li tudo, mas um dia quero)
ResponderExcluirnunca li primeiro eu tive que morrer, mas gostei da sua resenha. não sei se gostaria do livro ou não, mas fiquei instigada. acho que às vezes o nosso universo não dialoga com o universo do autor e cria esses embates, acho que é isso que me deixa curiosa (e que me faz rejeitar qualquer crítica que coloque algo como pretensioso demais, risos). talvez eu dê uma olhada pra tirar minhas próprias conclusões, porque pode ser só que seja ruim mesmo ÇL,SDFÇLASD
beijinhos.